GOLPE SERÁ ENTERRADO POR ATAQUES DE SINCERICÍDIO

Processo de impeachment contra a presidente eleita Dilma Rousseff tem sofrido ultimamente forte ataques de sincericídio, cometidos pelos seu principais articuladores; mais recente foi protagonizado pela senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que, com o conhecimento de quem integra a Comissão de Orçamento do Senado, afirmou que "não teve esse negócio de pedaladas"; mas antes dela já houve confissões de Romero Jucá (PMDB-RR), afirmando ser preciso uma "mudança" no governo federal para "estancar a sangria" da Lava Jato, e o seu colega Zeze Perrella (PDT-MG), que disse que é "claro que o motivo maior não foram as pedaladas", mas a "falta de articulação do governo aqui dentro"; no Judiciário também houve sincericídio; em entrevista na Suécia, ministro Gilmar Mendes não corou ao dizer que "o processo é político, se ela tivesse cometido crime, se ficasse flagrantemente provado, que ela tivesse cometido crime, e ela tivesse 172 votos, ela também não seria processada"; o que ainda falta para o golpe ser enterrado?

247 - O processo de impeachment contra a presidente eleita Dilma Rousseff tem sofrido ultimamente forte ataques de sincericídio, cometidos pelos seu principais articuladores, o que deixa claro para até para o leitor menos crítico que o que se passa contra a presidente é de fato um golpe. 
O mais recente foi protagonizado pela senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Em entrevista à Rádio Itatiaia, abriu o coração e, com o conhecimento de quem integra a Comissão de Orçamento do Senado, afirmou que "não teve esse negócio de pedaladas", sobre os motivos que levaram ao afastamento de Dilma.
"Porque o governo saiu? Na minha tese, não teve esse negócio de pedalada, nada disso. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar", disse Rose, que é líder do governo interino de Temer no Senado. O ex-ministro José Eduardo Cardozo, que defende Dilma no processo de Impeachment no Senado, afirmou que vai anexar a transcrição das falas da senadora na defesa da presidente (leia aqui).
Pouco mais de um mês antes da confissão de Rose de Freitas, seu colega de Senado e de partido, Romero Jucá, presenciou a confissão que fez a Sérgio Machado ganhar o conhecimento mundial. Jucá caiu do Ministério do Planejamento de Temer após ser flagrado em gravações com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Jucá diz claramente que é preciso "mudança" no governo federal para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato. "Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", diz Jucá (relembre aqui).
Além de Rose e Jucá, outro senador que defendeu a saída de Dilma já havia deixado claro que está em curso uma condenação sem a prática de um crime. Depois da primeira votação no Senado que afastou a Dilma, o Senador Zezé Perrella (PDT-MG), aliado de Aécio Neves, também admitiu que as razões do impeachment da Dilma não se sustentavam nas "pedaladas fiscais". 
"Claro que o motivo maior da queda não foram as pedaladas, porque nós estamos num julgamento também político", admitiu Perrella. "Ela caiu principalmente pela falta de articulação do governo aqui dentro [Senado], coisa que o Michel Temer está mais bem preparado do que ela", afirmou (leia mais aqui).
No Poder Judiciário também há manifestações de que não há crime cometido pela presidente, e mesmo assim ela deve sair. Confissão foi feita há cerca de uma semana pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, numa entrevista na Suécia a um jornalista do site O Cafezinho. Ele admitiu que a lma não havia cometido crime de responsabilidade e disse que "o processo é político, se ela tivesse cometido crime, se ficasse flagrantemente provado, que ela tivesse cometido crime, e ela tivesse 172 votos, ela também não seria processada" (confira aqui).
O que ainda falta para o golpe ser enterrado?

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