MINISTRO RECUA: “MAIS MÉDICOS É PERMANENTE”

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Depois de causar a segunda polêmica da semana ao dizer que o Mais Médicos é provisório, o ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, voltou atrás em evento em Brasília nesta sexta-feira, quando oficializou a reposição de 1.500 médicos cubanos e brasileiros formados no exterior no programa; "A estratégia do Programa Mais Médicos trará resultados permanentes para o Brasil. O Mais Médicos é um programa permanente", disse Barros; em seguida, afirmou que os bolsistas é quem "são transitórios, até que se completem os objetivos de colocar médicos bem formados e qualificados, atendendo a população nos mais distantes locais do país"; com a frase, ele sugere, talvez, que os profissionais do Mais Médicos não têm qualidade; o comportamento do ministro, que já falou mal do SUS e declarou que os pacientes "inventam" doenças, tem irritado até Michel Temer
247 – Uma semana depois de causar polêmica ao dizer que os pacientes brasileiros "inventam" doenças, causando gastos desnecessários ao SUS, o ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje em entrevista à Folha de S. Paulo que o programa Mais Médicos é temporário. Como é de praxe do governo Michel Temer, ele recuou horas depois, em um evento realizado em Brasília.
"A estratégia do Programa Mais Médicos trará resultados permanentes para o Brasil. O Mais Médicos é um programa permanente", disse Barros, ao receber 1.500 médicos cubanos e brasileiros formados no exterior para serem substituídos no programa.
Em seguida, ele afirmou que os bolsistas "são transitórios, até que se completem os objetivos de colocar médicos bem formados e qualificados, atendendo a população nos mais distantes locais do país", sugerindo, talvez, que os atuais profissionais do Mais Médicos não têm qualidade, e serão em breve substituídos pelos que têm.
O comportamento de Ricardo Barros, que além de ter criado a tese das doenças psicológicas dos brasileiros, já falou mal do SUS e sugeriu a criação de um plano de saúde popular com o setor privado, já tem irritado até Michel Temer. A orientação do Palácio do Planalto é para que ele fale menos. Quando exercia o mandato de deputado, Ricardo Barros defendeu cortar 10% dos investimentos do Bolsa Família.
Reposição de médicos
Dos 1.500 médicos, cerca de 600 já estão no Brasil participando do acolhimento e regularizando a documentação antes de se deslocarem diretamente aos municípios onde irão atuar. Entre eles, 300 são cubanos. A previsão é que mais 250 cheguem ainda nesta semana e outros voos no mês de agosto, totalizando 1.200 profissionais de Cuba.
O ministro também anunciou a publicação de um novo edital para seleção de médicos para reposição das vagas desocupadas desde o último processo de seleção, em abril. Serão mais 502 vagas em 393 municípios. Em claro sinal de resposta às críticas após sua declaração sobre o programa, o ministro declarou hoje em seu discurso: "o Mais Médicos é uma das prioridades da nossa gestão".

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