O golpista Michel Temer pretende enviar ao Congresso Nacional, até o fim do ano, uma proposta de reforma trabalhista que, na prática, significa um verdadeiro retrocesso para a classe trabalhadora. Uma das medidas que deve constar no projeto é a regulamentação da terceirização. A informação foi confirmada na última quarta-feira, 20, pelo ministro interino do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
A maioria das medidas anunciadas estava prevista na “Ponte Para o Futuro”, documento lançado no ano passado pelos golpistas do PMDB, contendo um conjunto de diretrizes para a área econômica. A reforma defendida pelo governo provisório prevê, por exemplo, que as negociações coletivas relacionadas a temas como salário e jornada dos trabalhadores tenham mais força que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Isso significa que, na verdade, as leis que protegem os trabalhadores poderão ser flexibilizadas, resultando em perda de direitos. A reforma trabalhista deverá contemplar, ainda, a proibição do parcelamento das férias e do décimo terceiro salário, a redução de uma para meia hora no horário do almoço
O ministro golpista classificou a CLT como uma “colcha de retalhos”, indicando objetivamente que a intenção do governo interino é retirar o máximo possível de direitos dos trabalhadores.
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