Prefeitura de Arez/RN atrasa Pagamento dos Profissionais da Educação

Mais um mês o município de Arez, Litoral Sul do Estado do Rio Grande do Norte atrasa o pagamento dos Profissionais em  Educação. 

Segundo informações passadas ao Blog pela Coordenadora Geral do Sinte Regional de Canguaretama, a Senhora Telma Alves, por Falta de Recursos não é!! Pois a Prefeitura já se encontra com a arrecadação do FUNDEB: CRÉDITO FUNDO R$ 923.884,14 C no  mês de novembro/2016, onde poderia fazer o Pagamento dos Profissionais da Educação.

Telma, ainda nos informou que todo mês a Cidade de Arez, vem pagando a seus Funcionários nos dias 3, 4, e 5, uma vez que a verba do FUDEB é uma Verba Carimbada e é Depositada dia 10, dia 20, e dia 30, então observando hoje o arrecadado do Fundeb, tem dinheiro para ser pago aos Profissionais, e até a presente Data não houve esse pagamento. 

"Então os Profissionais ficam enlouquecidos sem poder honrar com seus compromissos do dia 30". Finalizou a Coordenadora Telma Alves
Foto: Edição, Blog

Poderes duelam na beira do esbarrancado

Toninho Tavares
A grande trombada entre os poderes, com potencial para uma ruptura institucional, deu mais um passo. O Congresso fez da pior forma o que poderia até ser bem compreendido pela população se feito de outro modo, com debate e transparência.  A coalisão Judiciário/Ministério Público/Lava Jato também reagiu da pior forma, com ameaças chantagiosas,  às mudanças no pacote anti-corrução, que incluíram a aprovação de emenda sobre abuso de autoridade. O procurador Deltan Dallagnol apelidou-a de “Lei da Intimidação do Judiciário e do Ministério Público”.   Num repto a Michel Temer, os procuradores ameaçaram renunciar à Lava Jato caso a proposta seja aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente da República.  Só se esquecem de uma coisa: vetos podem ser derrubados pelo Congresso e isso costuma acontecer quando o assunto é dar o troco. Ainda há ingredientes explosivos para serem colocados nesta crise mas em algum momento ela vai bater no muro.

No ponto crítico a que ela chegou hoje, a presidente do STF, Carmem Lucia, disparou contra o Congresso emitindo sinal verde para que os outros subissem o tom. Janot falou grosso, os da Lava Jato dispararam e do outro lado coube a Renan Calheiros, como não poderia deixar de ser, responder em nome do Congresso que preside: as dez medidas propostas pelo Ministério Público só poderiam ser aprovadas no fascismo, disse ele, acrescentando que o Congresso não pode deliberar por pressão externa. Renan, Justiça seja feita, é quem tem se defendido publicamente, com palavras francas, a necessidade de reequilibrar a balança entre os poderes que, ao longo dos meses e numa sequência de episódios, pendeu para o Judiciário, naturalizando uma supremacia que fere o princípio do equilíbrio e da equipotência entre os poderes. Tipificar o abuso de autoridade e estabelecer que magistrados e procuradores também respondam por crimes de responsabilidade funcionais só viraram anátema por conta da supremacia judiciária que foi se estabelecendo.

Já os deputados fizeram tudo do pior modo para eles mesmos.  Inicialmente, aprovaram na íntegra as dez medidas do Ministério Público. Deram a impressão de engolir propostas que Renan associou ao fascismo, como a flexibilização do habeas corpus e a criação da figura do reportante do bem,  medida que estimulará o dedurismo recompensado, adubando a semente do estado policial.  Ou o confisco alargado dos bens de um investigado, mesmo não estando provado a conexão com um crime de corrupção.  Foi ingenuidade dos procuradores acreditar que o Congresso iria permitir a criminalização dos partidos políticos e a perda de registro  por envolvimento de seus dirigentes em delitos. Os partidos não são  indivíduos, pelo contrário, representam uma massa de filiados e eleitores que não podem responder por atos dos dirigentes. Eles que sejam punidos. A criminalização do caixa dois,  por exemplo, foi aprovada, e em lugar da anistia, os deputados optaram por aprovar a emenda sobre abuso de autoridades de magistrados e procuradores. A população talvez compreendesse a impertinência de algumas das medidas derrubadas se a Câmara tivesse optado por um debate mais prolongado, expondo os inconvenientes que representam não para eles, unicamente, mas para toda a sociedade. O reportante-dedo-duro-premiado, por exemplo, pode germinar perigosamente na atual cultura envenenada pela cruzada moralista. A Câmara, ao invés de sustentar este debate, foi pelo atalho. Votou o pacote, fingiu que o engoliu e quando a noite ia alta  começou a aprovar emendas. Mas no final do dia estava claro que isso iria acontecer. Ou pelo menos que o abuso de autoridade passaria. No cafezinho do plenário, o que mais havia eram deputados engasgados com o pacote.

O Senado acaba de rejeitar o pedido de urgência para a votação do pacote recebido da Câmara. Mais que derrota de Renan, sinal de que os senadores viraram bombeiros, querem baixar a temperatura.  Mesmo com o recuo, não creio que o Senado aceitará o emparedamento  que o Ministério Público tentou impor à Câmara e acabou perdendo.  Os procuradores demonstraram, neste processo, não compreender nada do processo legislativo. Ali nada é aprovado tal como proposto, nem por governos nem pelos próprios parlamentares.  Não seria o Ministério Público, nas atuais condições, que arrancaria de uma Câmara em estado de pânico com a iminência das delações sobre caixa dois, de origem legal ou ilícita, que arrancaria do plenário a chancela integral de sua proposta , por mais assinaturas de apoio que tenha tido.

Os senadores recuam por temer o agravamento, a crise institucional propriamente dita, mas também por saberem que, nesta guerra, a força está com a coalizão Judiciário/Ministério Público/Polícia Federal. O lado podre da corda está com o Congresso, onde Renan responde a uma dezena de processos e mais de uma centena de parlamentares podem aparecer na lista da Odebrecht. Já vazou delação da Odebrecht contra Jucá, que teria centralizado o recebimento de R$ 22 milhões para ele, Renan e companhias peemedebistas. Os procuradores não brincam em serviço.

Este confronto, agora em seu pico,  já estava há muito anunciado. O Supremo, a Lava Jato e Moro já atravessaram muitas vezes a linha do limite e o Congresso não reagiu. Lula e Dilma foram ilegalmente gravados e as conversas ilegalmente divulgadas. O STF, guardião da Constituição, lavou as mãos. Como a vítima era o PT, o Congresso não tossiu.  Delcídio do Amaral foi preso no exercício do mandato e sem flagrante. O  Senado mugiu mas, acuado pela mídia diante do vazamento das conversas estarrecedoras do então senador petista, homologou a prisão autorizada pelo ministro Teori. Em Curitiba acontecem desatinos em série contra as garantias individuais mas o STF não enfrenta Moro. Lula precisou ir à ONU porque não encontrou aqui respaldo a suas denúncias sobre a parcialidade e a perseguição movidas por Moro.

E o STF, para completar, continua legislando.  Se  “a turma do deixa disso” não entrar em campo, na semana que vem a Câmara pode revidar com mais um tiro: a aprovação, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de projeto que tipifica como crime de usurpação de competências de um poder por outro.

– Estou sendo muito cobrado a colocar meu parecer em votação mas achei que este não era o melhor momento. Vou deixar estas dez medidas serem votadas primeiro.  Mas a pressão aumentou com esta notícia de que o Supremo mais uma vez legislou, aprovando o aborto até os três meses de gravidez – dizia o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que é o relator do projeto na CCJ, durante a votação das medidas, mas antes da aprovação das emendas.      

Agora, temos dois poderes na trincheira e no meio, um Temer desafiado. Aguardemos os próximos tiros,  torcendo para que não sobrem para a democracia, este lírio açoitado.

do 247

LULA A MORO: “O MAIOR INTERESSADO EM ESCLARECER A VERDADE SOU EU

Embora não fosse obrigado, o ex-presidente Lula prestou depoimento nesta quarta-feira 30 ao juiz Sérgio Moro; arrolado como testemunha de defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), Lula fez questão de responder a todas as perguntas, porque é "o maior interessado na verdade"; Lula reafirmou que as indicações de Nestor Cerveró e Jorge Zelada para a Petrobras foram feitas pelo PMDB; "Eu já expliquei mais de uma vez que, quando o partido compõe uma aliança política para governar, todos os partidos que integram essa aliança podem reivindicar ministério ou cargo. Assim que era montado antes, durante e depois. E assim que é montado agora", afirmou; 

SP 247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou depoimento nesta quarta-feira, 30, ao juiz Sérgio Moro. Arrolado como testemunha de defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), Lula disse que não precisaria participar do depoimento, realizado de São Bernardo do Campo por meio de videconferência, mas disse que fez questão e responder, porque é "o maior interessado na verdade".

No depoimento de cerca de 10 minutos de duração, o Ministério Público perguntou apenas quais partidos da base aliada teriam indicados cargos para a Petrobras. Lula disse que lembrava que PMDB, PP, PT tinham indicado pessoas, além de outros partidos que indicaram pessoas para cargos que sequer passam pelo Conselho. "Eu já expliquei mais de uma vez que, quando o partido compõe uma aliança política para governar, todos os partidos que integram essa aliança podem reivindicar ministério ou cargo. Assim que era montado antes, durante e depois. E assim que é montado agora", afirmou.

"Só tem uma exigência que nós fazemos: é que a pessoa seja tecnicamente competente, que tenha conhecimento da atividade que vai fazer. E todos eles que foram indicados têm competência e história dentro da Petrobras", completou o ex-presidente.

Questionado sobre o recebimento de propina por Eduardo Cunha na aquisição de campo de petróleo no Benin pela Petrobras, Lula afirmou desconhecer o assunto. Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração de petróleo em Benin, na África, e de usar contas na Suíça para esconder o dinheiro ilegal. Ele está preso desde o dia 19 de outubro.

DELATOR DA ODEBRECHT APONTA R$ 22 MILHÕES PARA JUCÁ, O LÍDER DE TEMER

Resultado de imagem para temer e romero jucá
O Brasil vive um clima de guerra nuclear; no mesmo dia em que procuradores da Lava Jato ameaçaram renunciar, em represália ao pacote da Câmara que prevê punições a juízes e procuradores, vazam trechos de uma das delações da Odebrecht, que tem potencial para aniquilar o líder do governo Temer, senador Romero Jucá (PMDB-RR); segundo o delator Claudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht em Brasília, Jucá, que era chamado de "Índio", recebeu R$ 22 milhões; em coletiva nesta tarde, o procurador Deltan Dallagnol afirmou que as medidas da Câmara visam "estancar a sangria" da Lava Jato – frase dita por Jucá para justificar o golpe contra a presidente Dilma Rousseff

247 – No mesmo dia em que procuradores da Lava Jato ameaçaram renunciar, em represália ao pacote da Câmara que prevê punições a juízes e procuradores, vazaram trechos de uma das delações da Odebrecht, que tem potencial para aniquilar o líder do governo Temer, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
"Segundo informações que prestou à Lava Jato em sua tentativa de delação premiada, ele foi o responsável por intermediar repasses de cerca de R$ 22 milhões a Romero Jucá. De acordo com o delator, os recursos posteriormente eram divididos com outros caciques do PMDB, no caso, Renan e Eunício. Melo Filho alegou que os recursos foram pagos para que Jucá, Renan e Eunício garantissem a aprovação de projetos e medidas provisórias de tal forma que os interesse da Odebrecht fossem preservados nas matérias", informa o jornalista Severino Motta. "Segundo o delator, o grupo atuou, por exemplo, na tramitação da 'MP do Bem', no projeto de resolução que tratou da chamada 'Guerra dos Portos', em matérias tributárias, de fornecimento de energia para grandes consumidores do Nordeste, entre outros temas."
Segundo sua reportagem, a assessoria de Jucá enviou uma nota dizendo que o senador desconhece a delação do senhor Claudio Melo Filho.
Em coletiva nesta tarde, o procurador Deltan Dallagnol afirmou que as medidas da Câmara visam "estancar a sangria" da Lava Jato – frase dita por Jucá para justificar o golpe contra a presidente Dilma Rousseff. Confira:

Convocados pelo MBL, paneleiros protestam contra punição a juízes

Resultado de imagem para panelaço dilma
Atendendo a um chamado de movimentos de direita, como o Movimento Brasil Livre, manifestantes fizeram panelaços nesta noite em alguns bairros de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; aos gritos de "Fora, Temer", "Veta, Temer" e "Fora, Renan", eles protestaram contra a alteração do pacote das dez medidas anticorrupção, feito pela Câmara, e contra a tentativa do Senado de votar a urgência da matéria 

247 com Revista Fórum - Em alguns bairros de São Paulo, como Pinheiros e Vila Madalena, e do Rio de Janeiro, como Copacabana, alguns paneleiros voltaram a batucar nas janelas por alguns minutos às 20h30.

Eles protestaram contra mudanças no pacote anticorrupção na Câmara dos Deputados, na madrugada desta quarta-feira, 30. Usuários criticaram a tentativa de "votação-relâmpago" do pacote no Senado.

Houve também buzinaços em bairros como Perdizes e Pinheiros (zona oeste) e Higienópolis (na região central), que coincidiram com o início do "Jornal Nacional". Houve ainda gritos de "fora, Renan" e "Fora, Temer". 

Também houve esse tipo de manifestação na Asa Norte, em Brasília, e em Porto Alegre.

O protesto foi convocado pelo MBL com a seguinte mensagem: "Pessoal, hoje tem um esquenta para a manifestação de domingo. Às 20h30, horário de Brasília, vamos todos arrebentar as panelas de tanta indignação contra a aprovação absurda que criminaliza os juízes e o MP aprovada na surdina na última madrugada. panelaçohoje20h30!"

O abandono dos pequenos agricultores, por Rui Daher

O abandono dos pequenos agricultores

por Rui Daher

em CartaCapital

Muitas vezes penso que a família Marinho tem uma estratégia genial. De tão pesados seus interesses financeiros, deixa algumas válvulas de honestidade em sua programação. É o caso, na TV, do Globo Rural.

Por um motivo ou outro, em mais de três décadas, o programa nunca deixou de olhar para a agropecuária vista assim do alto ou com a lupa, como tento fazer aqui nesta CartaCapital.  Ou a família proprietária interpretou mal quando Karl Marx se referiu à “idiotia rural” ou sabe que o repasse da linha editorial desonesta, que banca seus interesses, não precisa mais do que os noticiários.

No domingo 27, o programa apresentou matéria que me fez, imediatamente, correr ao armário e de lá tirar a AK-47 verbal, verborrágica, verborreica, incriminadora da idiotia, com que brinco.

Deixo aqui espaço para cada um usar o palavrão que quiser. Os meus seriam muito pesados e os editores não permitiriam. Recorro a Millôr Fernandes: “pensar livre é só pensar”.

Apresento-lhes a agricultora Luiza do Espírito Santo, que não lhe trouxe paz, embora sua vida justificasse pertencer à Santíssima Trindade, qualquer fosse sua colocação na genealogia cristã.

A reportagem, que recomendo, foi realizada no município de Paulistana, no estado do Piauí, e foca a miséria que trazem, quando concomitantes, uma seca de quatro anos e a falta de energia elétrica.

Como é mesmo? Quatro anos? Pensei serem mais de quatro séculos. Nascemos ouvindo isso e vivemos esperançosos de soluções que não passaram de remendos. Iniciativas públicas e privadas sempre olharam para a região na espera que o Seu Divino fizesse o sertão virar mar.

Ao mesmo tempo, a reportagem acerta e se equivoca quando ressalta a seca e a falta de energia elétrica como motivos daquela miséria. É claro que também, mas essa realidade é a de muitos Brasis secos ou não, com ou sem energia elétrica.

Em Andanças Capitais, nem mesmo preciso ir longe, em busca dos grotões da pobreza extrema ou dos mais baixos IDH, como em Paulistana, para ver o abandono em que vivem agricultores pequenos e pobres. Seja lá qual for a roça, o trabalho é duro e no final resta-lhes darem “Graças a Deus”. Assim salvam o descalabro de sistemas econômico, político e social podres. Se Deus pudesse, já os teria gratificado.

Auge dramático, mas educativo. Perguntada, Dona Luíza diz como faz para viver: “quando dá, trabalho na roça, quando não do cartão, o Bolsa Família”. Só? Espanta-se o repórter.

Sim, só. Agora é com vocês. Não ousem criticar-me por ter sempre apoiado o tal “assistencialismo”. Penso, existo e vivo a denunciar, até o limite de meu não-poder e de minha pouca força, os imbecis que dizem serem eles populistas, descartando a realidade social do País.

Dedico-lhes “Cálice”. Em rimas com as palavras labuta, escuta, bruta, Milton Nascimento e Chico Buarque sugerem que reflitam: “De que me vale ser filho da santa, melhor seria ser filho da outra”.

Assim como nas redes sociais, ao se posicionar contra o golpe, Chico Buarque foi dito escroto, se depois de conhecerem Dona Luiza vocês continuarem achando-a, beneficiária de 100 reais por mês, vagabunda, preguiçosa, e que vive com seus três filhos de favores do governo, são vocês os escrotos. Quantas vezes ouvi: “deviam ensiná-la a pescar, e não lhe dar o peixe de graça”.

Ora, ora, seus sacripantas, fariseus, pensam o quê? Que o Brasil é o 1% de cashmere amarrado sobre a camisa-polo e SUV entregue aos manobristas dos restaurantes de luxo (mau gosto) e caríssimos (gourmets da exposição)?

Não foi, não é, nunca será. Famílias Espírito Santo nem sempre são santas, mas também pombas transmissoras de miséria e doenças. No porvir, abutres revoando sobre os luxos de uns e a ignorância de outros.

À esquerda e direita, continuaremos construindo um País de poucas casas-grandes e milhões de senzalas com ou sem energia elétrica, que isso não resolve tudo. Melhora, afinal Thomas Alva Edison (1847-1931) inventou a lâmpada elétrica no século 19 e os brasileiros de Paulistana, no Piauí, dois séculos depois, ainda não têm acesso a ela.

Ah, mas o governo ... TNC. Fora a propina nas licitações, o que mais fez o empresariado depois que o governo instituiu o Luz para Todos, em novembro de 2003, lançado pelo Decreto 4.873, com o desafio de levar acesso à energia elétrica, gratuitamente, para mais de 10 milhões de pessoas do meio rural, até o ano de 2008?

Coisa nenhuma. Juntaram-se o roto e o rasgado para posterga-lo até 2010, 2014 e, agora, 2018. Na primeira etapa, levou luz elétrica a 60% das residências. Depois veio o aperto fiscal e as prioridades foram outras. Falta muito. A ninguém ocorreu tirar uns tostões do rentismo e dar à luz crianças menos miseráveis.

Não é tudo o que Dona Luíza do Espírito Santo precisa, mas daria para ela continuar pobre e acreditar em Deus.

do jornalggn

Justiça autoriza que intimações sejam expedidas via Whatsapp no RN

Aplicativo de bate-papo já deixou de ser apenas uma ferramenta informal de comunicação (Foto: Daniela Ayres/ G1)
Juizados especiais de cinco comarcas do RN poderão realizar intimação de partes através do aplicativo de mensagens  eletrônicas, como o WhatsApp. A implantação do projeto se dará pelo prazo de seis meses e ficará restrito, nesse período, exclusivamente, aos Juizados das Comarcas de Caicó, João Câmara, Macaíba, Mossoró e Pau dos Ferros.
O Tribunal de Justiça do RN irá fornecer um aparelho celular funcional à unidade para uso exclusivo nas ações. A adesão ao procedimento de intimação por aplicativo de envio de mensagens eletrônicas é voluntária. Os interessados em aderir à modalidade de intimação por aplicativo de envio mensagens eletrônicas deverão preencher e assinar o documento e informar o número de telefone respectivo no qual deseja receber as intimações.

Se houver mudança do número do telefone, o usuário deverá informá-lo de imediato à serventia e assinar novo termo. Ao aderir ao procedimento de intimação por aplicativo de envio de mensagens eletrônicas, o aderente declarará que concorda com os termos da intimação por meio de aplicativo de envio de mensagens eletrônica.
Para o coordenador dos Juizados Cíveis e Criminais do RN, juiz Paulo Maia, os juizados se caracterizam pelos princípios da informalidade, simplicidade e celeridade e “nada mais prático para intimar do que usar a formar mais rápida que existe para isso que a comunicação via celular, por meio de mensagem de texto”, salienta o magistrado.
Paulo Maia destaca que a intimação via Whatsapp agiliza este processo de forma direta e informal, aspectos típicos dos Juizados. “Ora, se hoje o processo é eletrônico por que não ser também a intimação, sendo este meio o mais moderno à disposição da sociedade e das instituições?”, indaga o juiz, ressaltando a importância desta inovação.

Do G1 RN

TJRN determina que MP investigue deputados por fraudes na Assembleia

Resultado de imagem para operação dama de espadas
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte determinou a retomada das investigações relacionadas à operação Dama de Espadas que apurou desvios de recursos na Assembleia Legislativa do RN. O desembargador Cornélio Alves determinou ainda que o MP investigue o envolvimento na fraude dos deputados estaduais Ezequiel Ferreira de Souza, Álvaro Dias, Nélter Queiroz, Getúlio Rêgo, Ricardo Mota, Raimundo Fernandes, Márcia Maia, Gustavo Carvalho e José Adécio, detentores de foro por prerrogativa de função junto à corte potiguar.

O processo será remetido ao Procurador-Geral de Justiça, que deverá concluir as investigações no prazo de 60 dias ou, finalizado este prazo, requerer prorrogação.

“Não importa que o objeto central da investigação não seja os parlamentares estaduais. Fato é que, surgindo fortes indicativos, como os colacionados nos autos, de participação de sujeito detentor de foro por prerrogativa de função, os autos devem ser encaminhados à Corte competente, a quem incumbirá decidir acerca da pertinência do desmembramento”, explicou o desembargador Cornélio em sua decisão.

O desmembramento ocorre após despacho do ministro Edson Fachin de que o TJRN deveria decidir se as investigações contra deputados estaduais potiguares com "fortes indícios de envolvimento delitivo" iriam transcorrer em 1ª ou em 2ª instância.

Segundo a decisão do ministro, a partir do surgimento de indícios da autoria ou participação de agentes detentores de foro por prerrogativa de função nas Corte de Justiça, a esta compete a autorizar a continuidade das investigações com relação a tais agentes, bem como decidir sobre a necessidade ou conveniência de sua cisão, para que a investigação operada na segunda instância englobe apenas os detentores das prerrogativas.

Segundo a decisão, a autorização para a continuidade das investigações não representa juízo antecipado sobre autoria e materialidade dos delitos, conforme as próprias palavras do MP, as quais ressaltam que da análise superficial do conjunto probatório, constituído por ora apenas de "elementos iniciais para o desencadeamento da investigação".
Publicidade

“Embora siga em segredo de justiça, devido alguns documentos trazidos aos autos, não há imposição legal para ocultação dos nomes dos até então investigados, ou dos provimentos jurisdicionais, já que, na regra do processo penal, é a publicidade dos atos processuais e a lei só poderá restringi-la quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”, define o relator Cornélio Alves.
Operação

A operação Dama de Espadas foi deflagrada em agosto de 2015. De acordo com o Ministério Público, os desvios dos cofres da AL podem passar de R$ 5,5 milhões. Ainda segundo informações do Ministério Público, a associação criminosa era composta por servidores públicos do órgão com o auxílio de um gerente do banco Santander. Eles utilizavam "cheques salários" como forma de desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros. Os cheques eram sacados, em sua maioria, pelos investigados ou por terceiros não beneficiários, com irregularidade na cadeia de endossos ou com referência a procurações, muitas vezes inexistentes.
A então procuradora-geral da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês, e a assessora direta dela, Ana Paula Macedo Moura, foram presas durante a operação, mas foram soltas por força de um habeas corpus três dias depois.

Do G1 RN

JANOT: DEZ MEDIDAS CONTRA A CORRUPÇÃO NÃO EXISTEM MAIS

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criticou em nota, nesta quarta (30), o resultado da votação, nesta madrugada, das medidas anticorrupção enviadas à Câmara pelo Ministério Público; ele disse que "as dez medidas contra a corrupção não existem mais" e classificou o episódio como um "ponto de inflexão e tensão institucional"; "O MP não apoia o texto que restou, uma pálida sombra das propostas que nos aproximariam de boas práticas mundiais", ressaltou; para o procurador, a inclusão de uma emenda que prevê punição a magistrados e integrantes do MP por crimes de abuso de autoridade com base em várias condutas "coloca em risco o funcionamento do Ministério Público e do Poder Judiciário"; "O Ministério Público e Judiciário nem de longe podem ser responsabilizados pela grave crise ética por que passa o país", reforçou

247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criticou em nota, nesta quarta-feira (30), o resultado da votação das medidas anticorrupção enviadas à Câmara pelo Ministério Público. Para ele, "as dez medidas contra a corrupção não existem mais" e classificou o episódio como um "ponto de inflexão e tensão institucional". "O Ministério Público Brasileiro não apoia o texto que restou, uma pálida sombra das propostas que nos aproximariam de boas práticas mundiais", ressaltou.
"Um sumário honesto da votação das dez medidas, na Câmara dos Deputados, deverá registrar que o que havia de melhor no projeto foi excluído e medidas claramente retaliatórias foram incluídas. Cabe esclarecer que a emenda aprovada, na verdade, objetiva intimidar e enfraquecer Ministério Público e Judiciário", afirmou Janot.
Para o procurador-geral, a inclusão de uma emenda que prevê punição a magistrados e integrantes do Ministério Público por crimes de abuso de autoridade com base em várias condutas "coloca em risco o funcionamento do Ministério Público e do Poder Judiciário".
"Ministério Público e Judiciário nem de longe podem ser responsabilizados pela grave crise ética por que passa o país. [...] Esse ponto de inflexão e tensão institucional será ultrapassado pelo esforço de todos [os membros do Ministério Público] e pelo reconhecimento da sociedade em relação aos resultados alcançados", disse.
Abaixo a nota:
Nota da Procuradoria-Geral da República sobre a votação das 10 Medidas contra a Corrupção
Foram mais de dois milhões de assinaturas. Um apoio maciço da sociedade brasileira, que também por outros meios se manifestou. Houve o apoio de organismos internacionais. Foram centenas de horas de discussão, de esclarecimento e de um debate sadio em prol da democracia brasileira. Foram apresentadas propostas visando a um Brasil melhor para as futuras gerações.
No entanto, isso não foi o suficiente para que os deputados se sensibilizassem da importância das 10 Medidas de Combate à Corrupção. O resultado da votação do PL 4850/2016, ontem, colocou o país em marcha a ré no combate à corrupção. O Plenário da Câmara dos Deputados desperdiçou uma chance histórica de promover um salto qualitativo no processo civilizatório da sociedade brasileira.
A Casa optou por excluir diversos pontos chancelados pela Comissão Especial que analisou as propostas com afinco. Além de retirar a possibilidade de aprimorar o combate à corrupção – como a tipificação do crime de enriquecimento ilícito, mudanças na prescrição de crimes e facilitação do confisco de bens oriundos de corrupção –, houve a inclusão de proposta que coloca em risco o funcionamento do Ministério Público e do Poder Judiciário, a saber, a emenda que sujeita promotores e juízes à punição por crime de responsabilidade.
Ministério Público e Judiciário nem de longe podem ser responsabilizados pela grave crise ética por que passa o país. Encareço aos membros do Ministério Público Brasileiro que se mantenham concentrados no trabalho de combate à corrupção e ao crime. Que isso não nos desanime; antes, que nos sirva de incentivo ao trabalho correto, profissional e desprovido de ideologias, como tem sido feito desde a Constituição de 1988. Esse ponto de inflexão e tensão institucional será ultrapassado pelo esforço de todos e pelo reconhecimento da sociedade em relação aos resultados alcançados.
Um sumário honesto da votação das 10 Medidas, na Câmara dos Deputados, deverá registrar que o que havia de melhor no projeto foi excluído e medidas claramente retaliatórias foram incluídas. Cabe esclarecer que a emenda aprovada, na verdade, objetiva intimidar e enfraquecer Ministério Público e Judiciário.
As 10 Medidas contra a Corrupção não existem mais. O Ministério Público Brasileiro não apoia o texto que restou, uma pálida sombra das propostas que nos aproximariam de boas práticas mundiais. O Ministério Público seguirá sua trajetória de serviço ao povo brasileiro, na perspectiva de luta contra o desvio de dinheiro público e o roubo das esperanças de um país melhor para todos nós.
Nesse debate, longe de qualquer compromisso de luta contra a corrupção, vimos uma rejeição violenta e irracional ao Ministério Público e ao Judiciário. A proposta aprovada na Câmara ainda vai para o Senado. A sociedade deve ficar atenta para que o retrocesso não seja concretizado; para que a marcha seja invertida novamente e possamos andar pra frente.
O conforto está na Constituição, que ainda nos guia e nos aponta o lugar do Brasil. Que seja melhor do que o que vimos hoje.
Rodrigo Janot
Procurador-Geral da República
Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público

LAVA JATO EMPAREDA TEMER E AMEAÇA RENUNCIAR

Procuradores da Operação Lava Jato afirmaram nesta quarta (30) que podem renunciar coletivamente ao caso se a proposta de abuso de autoridade for sancionada pelo presidente Michel Temer; a medida foi inserida no texto das dez medidas contra a corrupção pela Câmara na madrugada na madrugada desta quarta (30); "Vamos renunciar coletivamente à Lava Jato caso essa proposta seja sancionada pelo presidente", afirmou Carlos Fernando Lima, procurador da República; o procurador Rodrigo Janot e a presidente do Supremo, ministra Cármem Lúcia, também já se levantaram contra a manobra da Câmara

247 - Procuradores da Operação Lava Jato afirmaram nesta quarta-feira (30) que podem renunciar coletivamente ao caso se a proposta de abuso de autoridade seja sancionada pelo presidente Michel Temer. A medida foi inserida no texto das dez medidas contra a corrupção pela Câmara na madrugada na madrugada desta quarta-feira (30).

"Vamos renunciar coletivamente à Lava Jato caso essa proposta seja sancionada pelo presidente", afirmou Carlos Fernando Lima, procurador da República.

Após aprovar por quase unanimidade o texto-base do pacote de dez medidas anticorrupção do Ministério Público, o plenário da Câmara dos Deputados passou a madrugada desta quarta-feira (30) votando emendas e derrubando vários pontos importantes da proposta.

A primeira atitude dos deputados na madrugada foi incluir emenda com a possibilidade de punição de magistrados e integrantes do Ministério Público por crime de abuso de autoridade.

CÁRMEN LÚCIA ENCARA O CONGRESSO E DIZ QUE NÃO SE PODE CALAR A JUSTIÇA

Imagem relacionada
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, criticou, em nota, a decisão do Congresso Nacional, que, na noite de ontem, retalhou a proposta das "10 medidas contra a corrupção" e incluiu no pacote a punição a juízes e procuradores por abuso de autoridade; "O Judiciário brasileiro vem cumprindo o seu papel. Já se cassaram magistrados em tempos mais tristes. Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá, calar a Justiça", disse ela; integrantes da força-tarefa da Lava Jato disseram que a intenção das medidas é intimidar o Judiciário

247 – A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, criticou, em nota, a decisão do Congresso Nacional, que, na noite de ontem, retalhou a proposta das "10 medidas contra a corrupção" e incluiu no pacote a punição a juízes e procuradores por abuso de autoridade.

Leia, abaixo, sua nota:

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, reafirma o seu integral respeito ao princípio da separação de poderes. Mas não pode deixar de lamentar que, em oportunidade de avanço legislativo para a defesa da ética pública, inclua-se, em proposta legislativa de iniciativa popular, texto que pode contrariar a independência do Poder Judiciário.

Hoje, os juízes respondem pelos seus atos, na forma do estatuto constitucional da magistratura.

A democracia depende de poderes fortes e independentes. O Judiciário é, por imposição constitucional, guarda da Constituição e garantidor da democracia. O Judiciário brasileiro vem cumprindo o seu papel. Já se cassaram magistrados em tempos mais tristes. Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá, calar a Justiça.

Relembre a posição da ministra sobre o caixa 2:

GLOBO MANIPULA FOTO E CORTA BANDEIRA DE CUBA

Jornalista e escritor Fernando Morais denuncia edição do jornal O Globo na notícia sobre o primeiro voo comercial regular entre EUA e Cuba em mais de cinquenta anos e observa que o jornal cortou a foto para que a bandeira de Cuba não aparecesse; "As organizações Globo e a família Marinho são inimigas do Brasil e dos brasileiros e assim devem ser tratadas", critica Morais

Por Fernando Morais, em seu Facebook

Por Fernando Morais, em seu Facebook
uma maneira rápida e barata de se desinformar é ler o jornal o globo. veja esta: ontem pousou no aeroporto josé marti, de havana, um jato da american airlines. era o primeiro voo comercial regular entre os eua e cuba em mais de cinquenta anos. nas janelas da cabine, piloto e copiloto seguravam as bandeiras de cuba e dos estados unidos. como foi o corte da foto que o globo deu, enorme, na primeira página de hoje? recapitulando: as organizações globo e a família marinho são inimigas do brasil e dos brasileiros e assim devem ser tratadas.

do 247

TEMER E MEIRELLES DERRUBAM TUDO: AGRICULTURA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Dados do PIB do terceiro trimestre deste ano, divulgados nesta quarta-feira, confirmam que a dupla Michel Temer e Henrique Meirelles, que prometia resgatar a confiança, aprofundou a recessão; os dois também conseguiram a proeza de derrubar todos os setores da economia: agropecuária (-1,4%), indústria (-1,3%) e serviços (-0,6%); com isso, o PIB do trimestre caiu 0,8% em relação ao segundo trimestre do ano; na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a contração foi ainda maior, de 2,9%, a décima seguida, o que comprova o altíssimo custo do golpe para a sociedade brasileira

247 – Os dados do PIB do terceiro trimestre deste ano confirmam que a dupla Michel Temer e Henrique Meirelles, que prometia resgatar a confiança, aprofundou a recessão.

Os dois também conseguiram a proeza de derrubar todos os setores da economia: agropecuária (-1,4%), indústria (-1,3%) e serviços (-0,6%).

Com isso, o PIB do trimestre caiu 0,8% em relação ao segundo trimestre do ano.

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a contração foi ainda maior, de 2,9%, a décima seguida, o que comprova o altíssimo custo do golpe para a sociedade brasileira.

Em 2015, a economia brasileira caiu 5%, quando a aliança PMDB-PSDB colocou em marcha a política do "quanto pior, melhor" para tomar o poder.

Neste ano, a recessão será de 3,5%, já com Temer e Meirelles no comando, e 2017 também deve ser um ano perdido.

Leia abaixo matéria da Reuters:

Economia brasileira encolhe 0,8% no 3º tri, diz IBGE, 7ª queda seguida 

RIO DE JANEIRO/ SÃO PAULO (Reuters) - O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 0,8 por cento no terceiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, marcando o sétimo trimestre seguido de contração.

Sobre o terceiro trimestre de 2015, o PIB despencou 2,9 por cento.

Pesquisa da Reuters apontava que a economia teria queda de 0,8 por cento entre julho e setembro na comparação com o trimestre anterior e de 3,2 por cento sobre o terceiro trimestre de 2015.

(Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Duarte)

Piloto da Chapecoense relatou falta de combustível, diz copiloto da Avianca

Avião acidentado que levava a Chapecoense à Colômbia (Foto: Luis Benavides/AP)
Um tripulante da companhia Avianca que estava em uma rota próxima ao voo da Chapecoense afirmou ter ouvido o diálogo entre o piloto da aeronave da LaMia e a torre de controle do aeroporto colombiano de Rionegro, perto de Medellín, segundo os jornais "El Espectador" e "El Tiempo". Ouça o relato.
O copiloto da Avianca Juan Sebastián Upegui relatou que, enquanto uma aeronave da Viva Colômbia estava pousando, de repente chegou o piloto do voo da LaMia e disse: "solicitamos prioridade para aterrissar, temos problemas de combustível. Mas, nesse momento, ele não se declarou em emergência”.

Na sequência, segundo Upequi, a controladora de voos do Aeroporto de Rionegro afirmou ao piloto da LaMia: "temos um problema, um avião está aterrissando em emergência".

Ainda de acordo com o copiloto da Avianca, a controladora de Rionegro pediu à tripulação do voo da Avianca 9256 que virasse à esquerda, quando o piloto de LaMia passou por eles a toda.

"Quando ele [piloto da LaMia] iniciou a descida, declarou-se em emergência. Começou a dizer que tinha falha elétrica total e pediu vetores [rota mais rápida para aterrissar] para proceder [a descida]. Ajuda, vetores para alcançar a pista, repetiu", disse o tripulante da Avianca.

Gilma Úsuga, diretora de comunicações de Avianca, afirmou ao "El Tiempo" que a companhia não iria comentar o relato por se tratar de um áudio pessoal, e não corporativo.

Segundo a Viva Colômbia, o voo FC 8170 apresentou "uma indicação na cabine" que levou o comandante a interromper o trajeto original. A empresa disse, em comunicado, que não chegou a declarar emergência.
O avião pousou à 0h51 em Medellín. Quatro minutos depois, o avião da LaMia com a delegação da Chapecoense desapareceu dos radares do Flight Radar 24, um serviço de monitoramento de voos, quando estava a 33 km do aeroporto.
Mortes

O avião, um Avro RJ-85 da companhia de voos fretados LaMia, levava o time da Chapecoense, jornalistas e convidados para Medellín, onde a equipe jogaria nesta quarta-feira (30) contra o Atlético Nacional, pela partida de ida da final da Copa Sul-Americana.

A aeronave levava 77 pessoas, sendo 68 passageiros e nove tripulantes. No acidente, morreram 71. Seis foram resgatados com vida: os jogadores Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto, o jornalista Rafael Henzel, a comissária de voo Ximena Suarez e o técnico da aeronave Erwin Tumiri.
 (Foto: )

Não foi execução; foi latrocínio', diz sobrinho de empresário morto no RN

José Rosemberg Saldanha tinha 55 anos
(Foto: Arquivo Pessoal)
Um empresário foi assassinado na noite desta terça-feira (29) dentro de uma caminhonete em frente a um condomínio no conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul de Natal. Segundo a Polícia Militar, José Rosemberg Saldanha, de 55 anos, levou três tiros na cabeça. O vídeo acima, gravado pelas câmeras de segurança do residencial, mostra o momento em que ele para o carro para deixar a filha e é surpreendido pelos assassinos. O empresário era dono de uma pousada e um balneário na cidade de Lagoa Nova, onde já foi vereador.

Armados, os criminosos se aproximam, trancam a passagem da caminhonete, abordam o empresário. A filha havia acabado de sair do carro. A mulher do empresário, que também estava no veículo, consegue sair e corre para pedir ajuda na portaria, onde ela encontra a filha. Poucos segundos depois, tiros são disparados. Rosemberg é baleado à queima-roupa e morre na hora. Mãe e filha se desesperam. Os assassinos fugiram no mesmo carro em que chegaram.
O homicídio aconteceu por volta das 21h37 em frente ao condomínio Vita. Rosemberg morava na cidade de Lagoa Nova, que fica na região Seridó do estado.
Através de uma rede social, um sobrinho se manifestou. Robson Saldanha lamentou a perda do tio e caracterizou o ato como impensado e cheio de ódio. “Hoje cedo, consternado com a tragédia do Chapecoense, eu falava da efemeridade da vida e o quanto devemos valorizá-la a cada segundo. Jamais saberia eu que ao fim deste já trágico dia, o chão faltaria também para a minha família. Vítima deste mundo violento, meu querido e amado tio Bega se foi. Por um ato impensado e cheio de ódio no coração...” (SIC), escreveu.

Em outro trecho, o sobrinho se despede de José Rosemberg. “Descanse em paz, meu querido e amado tio, escrevo estas palavras com um profundo pesar e uma dor no coração que demorará a passar, contudo sei que estás ao lado do Pai Santíssimo. Rezo para o seu espírito encontrar a Santa Paz de Deus” (SIC), finalizou.
A morte de Rosemberg está sendo investigada pela Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Ainda não há pistas dos criminosos ou motivação para o homicídio.

Do G1 RN

O golpe avança: Senado aprova em 1° turno a PEC do desmonte das políticas públicas. O maior ataque aos avanços sociais da história do país

Três meses após o impeachment, Senado volta a revogar o voto popular e aprova PEC da morte

Votação PEC 55-002
Apenas três meses após aprovar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff sem a comprovação de qualquer crime de responsabilidade, o Senado Federal voltou a revogar o voto popular. Na noite desta terça-feira (29), por 61 votos a 14, a Casa aprovou em primeiro turno a chamada PEC da Morte, que amarra todos os investimentos públicos por 20 anos, intervalo que equivale a cinco mandatos de presidentes da República — independentemente do programa de quem seja eleito ao longo dessas duas décadas, esses chefes do Executivo terão que se curvar ao modo Temer de governar.

Um modo de governar que, logo de saída, passa o trator sobre os direitos fundamentais assegurados na Constituição de 1988. A saúde e a educação, por exemplo, para as quais havia a obrigação constitucional de destinar percentuais mínimos do Orçamento, são os setores que mais vão perder com esse congelamento. Foi a vitória do Estado mínimo defendido pelo golpe que afastou a presidenta Dilma.

Mas não foi uma vitória sem resistência. Desde as 14:04h da tarde da terça-feira, quando foi aberta a sessão do Senado, até as 00:35h da quarta-feira (30), quando se encerraram os trabalhos, os dez senadores da Bancada do PT, ao lado dos demais integrantes da oposição enfrentaram com argumentos e com propostas alternativas concretas a tentativa de cortar do orçamento público as verbas que atendem principalmente aos brasileiros mais pobres.

O debate seguiu em altas temperaturas, mas só pode ser assistido pela TV, já que as galerias do Senado ficaram fechadas ao povo. O pretexto foi a manifestação indignada de uma senhora, Gláucia, que teve acesso à tribuna de iprensa e pediu aos brados que os senadores votassem contra a proposta. Na Esplanada dos Ministérios e no gramado do Congresso, uma multidão estimada entre 10 mil e 30 mil pessoas, a depender das simpatias do avaliador, protestava contra os 20 anos de congelamento dos investimentos públicos.

A maioria do Senado não ouviu Gláucia, nem ouviu os manifestantes — que acabaram barbaramente reprimidos pela polícia do Distrito Federal, após um grupo de cerca de vinte provocadores virarem um carro da TV Record. Os governistas também não ouviram as reiteradas manifestações de repúdio da sociedade à PEC 55, aferidas por pesquisas de opinião e até mesmo por uma enquete promovida pelo site da Casa, onde quase 400 mil eleitores disseram não à medida e menos de 24 mil apoiaram a PEC.

E tanto a maioria do Senado se recusa a ouvir a opinião pública que a Casa rejeitou a emenda do referendo, uma consulta pública defendida pelo PT e demais integrantes da oposição, que permitiria aos brasileiros dizerem, nas urnas, se querem que a PEC 55 entre em vigor.

A PEC 55 precisa ainda ser aprovada em segundo turno pelo Senado. Essa votação está marcada para o dia 13 de dezembro. A data é tristemente emblemática, já que é a mesma da publicação, em 1968, do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Com esse instrumento, a ditadura militar fechou o Congresso, suspendeu direitos políticos de cidadãos por até 10 anos, cassou parlamentares, proibiu manifestações públicas, suspendeu o direito de habeas corpus e impôs a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.

Junto com o gás lacrimogêneo usado fartamente pela PM do DF contra estudantes e aposentados nesta terça-feira, há um forte cheiro de 68 no ar de Brasília.

PM reprime violentamente ato contra PEC 55 em Brasília

Foto: Lula Marques/Agência PT
Protesto que começou de forma pacífica e democrática terminou com truculência. O ato em Brasília, liderado por movimentos estudantis e sociais, protestava contra a Proposta de Emenda à Constituição PEC 55, que limita os gastos públicos por 20 anos, e foi duramente reprimido pela Polícia Militar.

Mais de 40 mil manifestantes, em sua maioria estudantes secundaristas e universitários, se reuniram, no final da tarde desta terça-feira (29), na Catedral de Brasília, seguindo rumo ao gramado em frente ao Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios. O objetivo era fazer pressão nos senadores, que votavam a PEC 55 em primeiro turno, no Plenário da casa.

Durante todo o trajeto da Catedral até o Congresso, os manifestantes entoavam músicas, batuques e palavras de ordem contra a PEC e contra o governo golpista de Michel Temer. Tudo de maneira pacífica, democrática e plural.

Ao chegar em frente ao espelho d’água da Esplanada, a música foi substituída pelo som das bombas de gás lacrimogêneo e das balas de borracha atiradas pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Foto: Lula Marques/Agência PT
Foto: Lula Marques/Agência PT
Foto: Lula Marques/Agência PT
ato-brasilia-contra-pec-55-29-estudantes-une-novembro-repressao-pm-violencia-truculencia-fotos-lulamarquesagenciapt-4
A multidão se dispersou para fugir dos efeitos do gás. Mas o que se viu foi ainda mais repressão. A PM continuou avançando para cima dos manifestantes, que recuaram de volta à Catedral.

O estudante Elano Freitas, de Salvador (BA), foi um dos atingidos pela ação da Polícia.

“A PM, é isso que ela sabe fazer. Reprimir estudante, reprimir trabalhador. Nós estamos nas ruas pelos nossos direitos, estamos nas ruas pela educação, pela saúde. Essa é nossa única bandeira, e essa Polícia Militar assassina está aí, reprimindo manifestantes que está lutando pelos seus direitos. Nós queremos o fim desse governo ilegítimo e golpista. Fora Temer”, conclamou com os olhos ainda sentindo os efeitos do spray de pimenta.

Presente no ato, a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, repudiou a violência, classificada por ela como covarde e irresponsável.
Foto: Lula Marques/Agência PT
“Fomos duramente reprimidos sem nenhuma justificativa. Quem está aqui hoje são estudantes de todo Brasil, pais de família, crianças, gente que não pode se defender e foi atacada. Queria denunciar o papel das autoridades e dizer que essa não é uma repressão isolada, o diálogo com a polícia de Rollemberg sempre é difícil, mas eu nunca tinha visto tamanha covardia como a de hoje, jogar tantas bombas em pessoas que protestavam pacificamente”, lamentou.

Para a vice-presidenta da UNE, Moara Correa, estudantes de todo o Brasil se mobilizaram para fazer parte da manifestação.

“Viajaram até mais de 40 horas para estarem em Brasília e dizer para Michel Temer e para esses senadores também golpistas que nós não vamos admitir nenhum retrocesso na educação, que a juventude brasileira não vai ficar calada e parada diante do avanço do conservadorismo”, afirmou.

A líder estudantil garantiu que a resposta dos jovens será continuar as ocupações nas escolas e nas universidades. “Vamos ocupar também o Congresso contra essa PEC e contra o governo ilegítimo de Temer”.

Veja a abordagem violenta da polícia no vídeo abaixo:

 Temer quer acabar com a educação e com o futuro da juventude brasileira, avaliou a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Camila Lanes.
Segundo ela, “a pluralidade do movimento estudantil fez com que todos os outros estudantes, organizados ou não, viessem a Brasília para cobrar a conta de Michel Temer e dizer ‘não’ à PEC 55 e principalmente, não a esse governo”.


Repercussão da violência


Representantes de movimentos sociais e parlamentares de oposição estiveram no ato e se manifestaram nas redes; veja abaixo:









 Nota da Bancada do PT

A bancada do PT na Câmara emitiu nota de repúdio aos atos de violência contra os manifestantes. Leia abaixo:

“A Polícia Militar do Distrito Federal reprimiu violentamente nesta terça-feira (29) estudantes que protestavam contra a PEC 55 e a Medida Provisória 746/2016, que desmonta o ensino médio brasileiro.

A Bancada do PT repudia veementemente a violência contra os manifestantes e atribui toda responsabilidade desses fatos a Michel Temer, que já devia ter retirado de tramitação a MP 746 bem como excluído a educação do corte de gastos da PEC 55.

A Bancada rechaça a justificativa do governo do DF de que havia provocadores infiltrados para legitimar a repressão. Cabe ao Estado identificar infiltrados e provocadores, para contê-los e garantir manifestações democráticas dos cidadãos. Rechaça igualmente as acusações a movimentos sociais.

Reiteramos apoio à luta do povo brasileiro contra a PEC 55 e aos estudantes contra a MP 746.

Afonso Florence (BA)
Líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados”

Por Luana Spinillo, da Agência PT