Jornalistas lamentam perda e enaltecem legado deixado por Wilma no RN

A notícia da morte da ex-governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PT do B), confirmada por volta das 23h40 desta quinta-feira 15, abalou muitos corações no Estado, sobretudo de pessoas que, em algum momento da vida, trabalharam com a atual vereadora de Natal ao longo de sua vida pública.

Nas redes sociais, diversos jornalistas emitiram notas lamentando a perda de Wilma, que lutava contra um câncer no duodeno, vindo a não resistir aos avanços do problema. Juliska Azevedo, atual secretária de Comunicação do Rio Grande do Norte, foi uma das que lamentou a partida da ex-governadora, que também exerceu por três vezes o cargo de prefeita de Natal.

Confira abaixo:
Outro jornalista que lamentou a morte ex-deputada federal constituinte foi Cledivânia Pereira, ex-assessora dela. Também nas redes sociais, expressou seu sentimento de dor pela partida da amiga.
“De todas as lutas que D. Wilma enfrentou, a maior, mais dura, constante e ininterrupta foi a travada por ser mulher. Nessa, mesmo machucada, venceu todas as batalhas. Ela ousou – quando poucas ousavam – viver, amar e vencer!
Acompanhei alguns desses momentos mais de perto que a maioria dos que a conheceram. E sou grata por esse privilégio!
Segunda-feira passada, tivemos nosso último encontro. Infelizmente eu não fui para ela o que ela foi para mim: a imagem do renascimento. Naquele mesmo hospital, há cinco anos, quando eu abri meus olhos após uma cirurgia delicada, foi o rosto dela que eu vi ao lado de minha cama e tive certeza, naquele momento, que Deus me dava uma segunda chance de viver!
Segunda-feira, quando estive no hospital, disse a ela que queria ficar visitando com frequência. E ela me respondeu: “Será um grande prazer. Você mora em meu coração”. Não tivemos tempo para um outro encontro.
Mas a vida já tinha nos dado tempo para desenvolver os mais nobres dos sentimentos: respeito, admiração, bem-querer.
Vá em paz, D. Wilma. E obrigada por abrir caminhos!”
Gerson de Castro, atual gerente de Rádio e TV da Assembleia Legislativa do Estado, foi mais um a lamentar a perda de Wilma de Faria, que deixou quatro filhos, entre eles a deputada estadual Márcia Maia (PSDB).
Adeus, guerreira
Eu vivi tantos e tão bons momentos de aprendizado pessoal e profissional ao lado de Wilma de Faria que não saberia enumerar e narrar. 
Tive a honra e o privilégio de trabalhar com ela como prefeita e depois como candidata em diversas campanhas. Momentos memoráveis.
Nunca conheci uma mulher com tanta coragem, ousadia, lucidez e, acima de tudo, determinação e paixão pelo que fazia.
Prefeita, a vi visitar pequenos e distantes recantos de Natal e demonstrar todo o seu zelo e carinho pela cidade que a adotou e fez dela uma pioneira e forte liderança política.
Como candidata, nunca vi ninguém mais aguerrido. Fui o profissional especialmente contratado de acompanhar e narrar todos os seus passos na inesquecível campanha de reeleição em 2006. 
Percorremos o estado várias vezes. Dezenas de milhares de quilômetros.
Foi uma jornada intensa, cuja narração daria um livro. Recolhi lições e ensinamentos. Wilma não recuava ante os obstáculos. Enfrentava-os.
A convivência com ela me rendeu experiência profissional, carinho e uma boa convivência com alguns do seu círculo familiar e de atuação na vida pública. Destaco Márcia, Lauro, Ana Cristina e Cintia, os irmãos Nelson Newton, Newton Nelson (que já não está entre nós) e Carlos Faria. 
Dela só recebi incentivo, respeito. Aprendi a lidar com suas cobranças – não consigo conter o riso, agora triste com sua partida – ao lembrar de momentos em que ela jogava duro com assessores e auxiliares, sempre a exigir um trabalho de extrema qualidade. Wilma sabia obter o melhor de cada um à sua volta.
Ao longo da minha carreira, vi Wilma em muitos momentos. Tivemos muitos momentos, entre asessor e prefeita, repórter e fonte, assessor e candidata. 
Momentos que vou guardar pra sempre. Que fazem parte da história dela, da minha história, da história da vida pública do Rio Grande do Norte.
A Wilma de Faria, a guerreira, aquariana como eu e de espírito marcadamente leonina, guerreira em todas as batalhas que enfrentou, as minhas mais sinceras homenagens.
Vá em paz, dona Wilma.
Foi uma honra e um enorme privilégio tê-la conhecido, recebido e aceitado alguns convites para trabalhar e caminhar ao seu lado.
Adeus, guerreira.

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