Coordenação da Bancada Potiguar precisa de um nome sem radicalismo e que não seja da direita ou esquerda

Equilíbrio e bom senso. É que os oitos deputados federais e os três senadores da República que representam o Rio Grande do Norte em Brasília vão precisar. Foram iniciadas as discussões para o nome que vai coordenar a turma potiguar. O deputado Fernando Mineiro (PT) lançou a senadora Zenaide Maia (PSD), que deve ter o voto de Natália Bonavides. A esquerda raiz só tem três votos. Radical, o General Girão (PL) ensaia ser candidato ao cargo, mas no máximo só terá o voto dele e do Sargento Gonçalves (PL). Já imaginou Girão sendo o coordenar da bancada?


Uma solução para unir gregos e troianos, o atual ocupante Benes Leocádio parte com o apoio do colega Paulinho Freire e deve reunir nomes como João Maia e Robinson Faria, ambos do PL. Os dois bolsonaristas tem experiência política e sensibilidade para saber que Girão não tem como coordenar uma bancada de 11 integrantes. Os senadores Styvenson Valentim (Podemos) e Rogério Marinho devem aglutinar as forças para decidirem a parada e sair um denominador comum. Depois do comportamento de Zenaide Maia essa semana no Senado, nenhum senador do RN vai votar com ela.


Nos últimos anos, a polarização tem sido disseminada. Polarização significa que as pessoas estão se dividindo em posições radicalmente opostas. Contudo, o RN não precisa continuar na polarização, seja de direita, seja de esquerda, ou no extremismo dos dois. Há quem afirme que os representantes de centro são aqueles que conciliam visões de igualdade. Para fortalecer a pequena bancada potiguar, precisamos baixar as bandeiras de Lula e Bolsonaro, e erguer os interesses dos municípios, ações e obras importantes. Em suma? Trazer recursos e tirar os projetos e ideias do papel!

Exonerações


O Diário Oficial da Prefeitura do Natal veio recheado ontem de exonerações na Secretaria do Turismo. O prefeito Álvaro Dias nomeou a empresária do setor e diretora de uma agência de turismo, Ohana Costa Fernandes, como nova secretária da capital. Ela já tinha sido anunciada um dia antes. Ela substitui Fernando Fernandes, que vai assumir a Direção Executiva do grupo Tribuna do Norte por indicação do empresário Flávio Azevedo, suplente de senador.


Rompimento


Algumas exonerações foram de nomes indicados pelo vice-governador Walter Alves (MDB) e o ex-senador Garibaldi Filho. Porém, a secretária adjunta Christiane de Araújo Alecrim articulou e continua na pasta. Além dela, Márcia de Souza Condim também fica como diretora do Departamento de Planejamento Turístico. Já os postos de Chefe de Gabinete, Assessoria Jurídica, nove chefias de assessoramento e departamentos, além de três encarregado de serviços foram todos colocados para fora, e os substitutos ainda não foram nomeados.


Plantação


A coluna soube que não tem o menor sentido do vice-governador Walter Alves (MDB) ser indicado como colheiro do TCE, numa antecipação da vaga do tio, o conselheiro Paulo Roberto Alves, indicado pela Assembleia Legislativa, quando o irmão Garibaldi Filho era governador. Walter tem projeto político para 2026. Com ou sem a renuncia da governadora Fátima Bezerra (PT). Aliás, a Vice-Governadoria voltou a ser celeiro de prefeitos e lideranças do Estado, em busca de intermediações e ações para seus municípios.


Movimento


Em sua primeira visita oficial ao Estado como presidente da Petrobras, Jean Paul Prates garantiu que a Petrobras não vai sair do RN, e o processo de transferência de trabalhadores da estatal para outros estados foi suspenso. Em novembro do ano passado, em processo de privatização acelerado pelo governo Bolsonaro, a Petrobras tinha iniciado uma fase administrativa para venda das sedes de Natal e Mossoró, cinco dias antes da eleição do 2º turno. O processo era motivo de críticas de funcionários. Parte dos campos da empresa, que formam o Polo Potiguar, foram vendidos há um ano para a 3R Petroleum por US$ 1,38 bilhão.


Marcha à ré


Com o título “fala de novo”, deu na coluna Radar da revista Veja que já está disponível que o senador potiguar Rogério Marinho (PL) recebeu uma ligação telefônica do ministro do STF, Gilmar Mendes, cobrando pelos ataques a Corte Suprema que Marinho vinha fazendo durante a campanha para a presidência do Senado. Segundo a nota, Rogério voltou atrás na hora.


Principal ameaça


A revista Veja impressa circula com uma reportagem sobre “A Força da Oposição” no Congresso Nacional. Diz que Rogério Marinho amealhou 32 votos na concorrida disputa. “O resultado não foi nem vitória apertada nem um passeio e, por isso, dá tranquilidade a Lula, mas também serve de alerta para ele. Um grupo de 32 senadores, como os que escolheram o oposicionista Marinho, é mais do que suficiente para pedir, por exemplo, a criação de uma CPI, que exige a adesão de 27 parlamentares”.


Baixinho


Segundo a reportagem da Veja, assinada por Daniel Pereira e Marcela Mattos, os governistas tentam minimizar o número de votos em Marinho, lembrando que nem todos que o escolheram farão oposição ao governo. É verdade, da mesma forma que nem todos que aderiram a Pacheco estarão alinhados a Lula. O presidente reeleito do Senado, Rodrigo Pacheco, conhece bem os humores e a força dos oposicionistas.


Vai e volta


Pela cobertura da imprensa nacional, ministros da Suprema Corte receberam com cautela redobrada as acusações feitas, a conta-gotas e com sucessivas mudanças de versões, pelo senador Marcos Do Val (Podemos-ES) a respeito de uma possível conspiração encabeçada pelo então presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira para grampear o ministro Alexandre de Moraes e, com isso, tentar afastá-lo do comando dos inquéritos que preside e, no limite, contestar o resultado das eleições 2022.


AGORA RN / Confira a coluna deste sábado 4

 

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