"Sinalização importante para o RN", diz presidente do Cerne sobre instalação de sede nacional da Petrobras

Foto: Divulgação

O presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Darlan Santos, considerou positivo o anúncio da instalação de uma sede nacional de energia eólica da Petrobras no Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito na semana passada pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, que também assegurou a permanência da empresa no estado.


Em entrevista ao RN No Ar desta terça-feira (07), Darlan Santos avaliou a manutenção da Petrobras em solo potiguar. "Eu acho que isso tem vários significados. O primeiro é a decisão de que a Petrobras não vai sair do RN. Foi uma sinalização muito importante para o estado e, principalmente, para a força de trabalho da Petrobras que ainda estava no estado e que estava passando por processo de transferência", declarou.

Santos ainda celebrou a retomada do projeto de energias renováveis pela Petrobras, citando que outras empresas mundiais já adotaram a mesma postura. "A decisão de trazer essa sede para cá trás a sinalização forte de que a Petrobras vai retomar suas atividades na área de energias renováveis. Todas as empresas de petróleo do mundo já tinha tomado esse caminho, entendendo que o mundo passa pela necessidade de uma transição energética", pontuou.

"A Petrobras, em 2013, tinha tomado essa iniciativa. Chegou a construir quatro parques no estado, começou a desenvolver o projeto eólico em mar. Depois, esse caminho foi paralisado. Agora, com a nova presidência, a companhia retoma o projeto", continuou.

Ele ainda reforçou a importância do anúncio para a economia potiguar. "O estado ganha um player importantíssimo, com capacidade de construir técnica e financeiramente capaz. O fato dessa sede ser no estado é um verdadeiro presente, com a possibilidade de investimento desse tamanho", finalizou.

Geração de energia renovável

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou que a geração renovável bateu recorde no Brasil em 2022, ultrapassando 92% de participação no total gerado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). O montante leva em conta a produção de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total gerado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN).

Esse resultado é o maior dos últimos 10 anos, superando 2020, quando a representatividade da geração de energia renovável foi de 87,3%. Em 2013, a participação foi de 81,8%.

"O setor de energia renováveis, eólica principalmente, vem sofrendo um avanço nos últimos 10 anos. O boom não acabou. Os investimentos continuam sendo feitos, a longo prazo. Na sequência, vem a energia solar fotovoltaica. Quem tem contribuído para esse incremento, não são nem os parques gigantes, é esse mercado de geração distribuída, que é justamente a instalação dos painéis nas nossas casas, nossos comércios, indústrias. Esse setor tem provocado um grande efeito", avaliou.

Confira a entrevista na íntegra:

Portal da Tropical

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