A deputada Fátima Bezerra participou nessa terça-feira (13) da sessão solene no Congresso Nacional para a entrega do diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz. A distinção é concedida a personalidades femininas que contribuíram para a ampliação dos direitos e do espaço da mulher na sociedade.
Ao discursar na tribuna do Senado prestando sua homenagem aos 80 anos do voto feminino no Brasil, a deputada fez questão de ressaltar o protagonismo do estado do Rio Grande do Norte na luta pela emancipação política das mulheres. “Em 1927, no governo de Juvenal Lamartine, fomos o primeiro Estado a permitir que as mulheres votassem , fazendo da professora Celina Guimarães, da cidade de Mossoró, a primeira brasileira a possuir um titulo de eleitor. No ano seguinte, elegemos Alzira Teixeira Floriano como a primeira prefeita do Brasil e da América Latina, na cidade de Lages.”, enfatizou ela.
Para Fátima essas conquistas são resultado da participação de valorosas mulheres como Bertha Lutz, Leolinda Daltro, Carlota Pereira de Queiroz e muitas outras a quem devemos homenagear no octogésimo aniversário dessa histórica vitória. “ È certo que tivemos grandes avanços. Hoje temos uma mulher na Presidência da República, dez mulheres como ministras, mas infelizmente no Congresso Nacional somos apenas quarenta e cinco deputadas e doze senadoras, o que evidencia como ainda somos subrepresentadas nos espaços de poder.”
Finalizando seu pronunciamento, a deputada parabenizou a presidenta Dilma Roussef bem como as demais agraciadas com o diploma Bertha Lutz, senhoras Maria Prestes, ex-mulher do dirigente comunista Luiz Carlos Prestes, a primeira senadora da história do país, Eunice Michiles, a representante da Comissão Pastoral da Terra Rosali Scalabrin e a professora da Universidade Federal da Bahia Ana Alice da Costa, do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres.
Outro momento emocionante da solenidade foi o discurso da presidenta Dilma Roussef que fez questão de prestar uma homenagem ás mulheres, ainda anônimas, mas extremamente atuantes em sua luta pela conquista do poder. “ Eu sinto-me aqui representando todas as mulheres. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer a seus filhos, as que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar. Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da política e da vida profissional e conquistaram espaço de poder que me permite estar aqui hoje.
marcosimperial
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