A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) confirmou na segunda-feira (2) que apura o que motivou a morte de um detento de 41 anos dentro da Penitenciária II de Serra Azul (SP), na quinta-feira (29). Os presos que estavam na mesma cela da vítima foram isolados.
Segundo a SAP, o detento foi morto com dois pedaços de ferro retirados do interior de uma parede de concreto do presídio. A secretaria confirmou também que Roger Max Soares, de 26 anos, confessou à polícia ter matado o companheiro de cela.
O suspeito estava preso na penitenciária desde o fim de agosto por participação na morte de uma voluntária, após um culto evangélico em Ribeirão Preto. “[Soares] assumiu a autoria do homicídio executado com dois pedaços de ferro, retirados do interior da parede de concreto”, afirmou a SAP em nota enviada ao G1.
Segundo a secretaria, outros dois detentos também dividiam a cela com Soares e a vítima. “A direção da unidade abriu uma apuração para averiguar as responsabilidades no fato e os presos envolvidos no crime foram isolados em Pavilhão Disciplinar”, disse a assessoria de imprensa.
Ainda de acordo com a SAP, o setor de serviço social da Penitenciária de Serra Azul entrou em contato com o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) de Itaquaquecetuba (SP) para localizar os familiares da vítima.
Ocorrência
De acordo com boletim de ocorrência, dois agentes de segurança faziam a contagem de rotina dos presidiários nas celas da penitenciária quando encontraram um dos presos morto, ensanguentado e com cortes no pescoço.
Ao revistar os outros presidiários, os agentes encontraram dois objetos perfurantes com Roger Max Soares, que confirmou ter matado o companheiro de cadeia.
O crime foi registrado pela Polícia Civil como homicídio qualificado por motivo fútil. A motivação do assassinato, entretanto, não foi informada pela polícia.
O suspeito foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento e foi reencaminhado a Penitenciária de Serra Azul. A perícia foi acionada ao local para investigar as causas do homicídio. O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) em Ribeirão Preto.
Latrocínio
Roger Max Soares estava preso desde 30 de agosto e já respondia por latrocínio, que é roubo seguido de morte, e ocultação de cadáver.
Ele e a esposa, Rebeca Soares, de 25 anos, são suspeitos de matar Regina Lopes, de 55 anos, que foi atacada pelo casal com uma faca improvisada durante um roubo.
A vítima, que atuava em causas sociais, conhecia os suspeitos e já havia ajudado o casal em outras ocasiões. O crime aconteceu quando ela dava carona para eles, depois de terem saído de um culto no bairro Monte Alegre, em Ribeirão.
Os suspeitos foram presos em flagrante e confessaram o crime. Na delegacia, Soares disse não ter se arrependido do crime. "Lógico que não [me arrependo]. Pra que eu vou me arrepender? Eu tinha que conseguir o dinheiro de uma forma rápida”, afirmou na época.
Do G1
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