Com PMDB dividido, correligionário acha "impossível" Henrique presidir a Câmara




Repórter da Agência Estado, Eugênia Lopes conta hoje que o jantar de ontem à noite entre o vice-presidente da República, Michel Temer, e parte da bancada do PMDB na Câmara, foi bastante indigesto para o deputado Henrique Eduardo Alves - líder do partido na casa.

As reclamações contra o parlamentar norte-rio-grandense fizeram parte do cardápio.

Primeiro os parlamentares reclamaram do ministro do Turismo, Pedro Novais, indicado para o cargo por Henrique e mantido ali graças ao prestígio do deputado.

Segundo se disse, Novais, do PMDB maranhense, só vem desgastando o partido - principalmente depois da defesa que fez do ex-secretário-executivo do Turismo, Frederico Costa, um dos presos pela Polícia Federal na Operação Voucher.

"Ele (Novais) causou um constrangimento muito grande para a bancada. Ele tirou um problema do colo do PT e pôs no do PMDB", reclamou um dos 15 deputados que participou da reunião com Temer.

Depois, a reclamação da bancada foi inteiramente contra a indicação do fluminense Eduardo Cunha para relatar o Código Civil na Câmara. Um deles, mais exaltado, chegou a dizer o seguinte: "O Henrique está alimentando a cisão na bancada. Acho impossível ele (Henrique) ser o presidente da Câmara com o PMDB dividido".

Temer ouviu, ouviu, ouviu.

E certamente informou a Henrique o que ocorreu.

Hoje, em novo jantar na casa do vice-presidente da República, agora com a presença da presidente Dilma Rousseff, o PMDB deve voltar à carga contra o deputado do Rio Grande do Norte. Que certamente estará presente. E não precisará de intermediários para saber o grau e insatisfação dos seus correligionários.

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