Marcio Fernandes/AE
Haddad é confirmado como nome do Partido dos Trabalhadores para a disputa em São Paulo
O candidato petista disse que agora conversará com a presidenta Dilma Rousseff para definir a data para deixar o ministério da Educação. "Vou seguir religiosamente o que ela determinar. Em primeiro lugar os interesses do Governo Federal e do ministério "
Após a desistência dos deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini de disputar as prévias o nome de Haddad foi anunciado ontem pelo presidente nacional do partido, deputado estadual Rui Falcão. "Já temos um candidato a prefeito, o companheiro e ministro Fernando Haddad", disse.
Ao anunciar as desistências, Tatto e Zarattini destacaram um consenso na legenda em torno do nome do ministro e concluíram que seria inútil submeter a decisão às prévias. "O Fernando, com sua competência, conseguiu uma maioria e uma hegemonia. Ir para uma disputa significaria esgarçarmos o partido", declarou Jilmar Tatto.
Já Zarattini ressaltou que durante o processo de debates regionais a candidatura do ministro ganhou força numérica e que as urnas diriam o que de fato todos sabiam: que o preferido do ex-presidente Lula seria o escolhido. "O melhor não é realizar uma votação para ratificar o que já existe, o melhor é nos unir", afirmou.
Em seu primeiro discurso como candidato do PT, Haddad agradeceu o apoio dos vereadores e das lideranças da sigla. O ministro concordou com Zarattini sobre a consolidação de sua candidatura nos últimos meses. "Não havia necessidade para fins protocolares de dar a público o que era de conhecimento de todos", destacou Haddad. Durante o anúncio, os petistas defenderam a união do partido. "O PT só ganha eleição se tiver unido", apontou Tatto. "Fernando, você é o escolhido e leva essa responsabilidade de representar o PT", disse o vereador Antonio Donato, presidente do diretório municipal da sigla.
Zarattini e Tatto negaram que suas desistências tenham sido um pedido de Lula, mas ofereceram a definição do nome de Haddad ao ex-presidente. "O grande presente que podemos dar a ele é a vitória do Fernando Haddad em 2012", afirmou Tatto. Os deputados também negaram terem sido compensados com cargos ou funções por terem deixado a corrida eleitoral.
Serra descarta candidatura e defende prévias
São Paulo (AE) - O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) disse ontem que a escolha do ministro da Educação, Fernando Haddad, como candidato do PT a prefeito da capital paulistas nas eleições de 2012 não muda a situação do PSDB nem vai apressar a escolha pelo partido de seu representante na disputa. José Serra defendeu a realização de prévias para a definição do nome tucano que disputará o cargo e voltou a negar que tenha a intenção de concorrer à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).
"Minhas preocupações são com relação ao Brasil. Eu estou focado na questão brasileira, e não municipal", afirmou, após participar da cerimônia em que o médico Roberto Kalil Filho foi nomeado professor titular do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Na avaliação de Serra, as prévias são a melhor opção para o PSDB, uma vez que o partido possui muitos pré-candidatos. Concorrem pela indicação do partido o deputado federal Ricardo Trípoli; o secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo; o secretário estadual de Energia, José Aníbal; e o secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas. Para o ex-governador, as primárias são um avanço para o partido. "Estão marcadas as prévias e devemos ir para as prévias", afirmou. "Acho bom porque isso mobiliza todo o partido e toda a militância."
Fonte: Tribuna do Norte
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