O banho de sol não basta para constatar os maus tratos. Um pequeno balde quase sem água indica que o proprietário do animal comparece com pouca freqüência ao local. Quando a equipe de reportagem do Diário de Natal chegou ao local, imediatamente foi abordada por um rapaz que não citou o nome, questionando se havia acontecido alguma coisa errada. Sentado na sombra, após abordar a equipe, o rapaz usou o celular comunicando a alguém a presença da reportagem no local.
Questionado sobre quem seria o proprietário da égua, o jovem disse que pertencia a "Gotinha", apelido de José Ricardo Silva, de 22 anos, que mora no outro quarteirão. Na casa só estavam os pais de Gotinha e os irmãos, que confirmaram a posse do animal. "A égua ainda é novinha e está ali porque precisa crescer para poder dar serviço na lida do meu filho, que é carroceiro", disse a mãe, Lúcia Nascimento, 46.
Quando abordada sobre eventuais maus tratos ao animal, Lúcia foi bem clara: "Todos os dias os meninos vão lá deixar comida e água para o animal. Faz pouco mais de uma semana que ela está ali e se estivesse sendo mal tratada ela estaria magra e feia", frisa a mãe do proprietário. Lúcia disse ainda que seu filho já está providenciando um local em Pium para que a égua possa crescer e depois prestar serviços como animal de carga.
Só com B.O
Para a Delegacia Especializada em Proteção ao Meio Ambiente (Deprema) o caso só pode ser averiguado se houver denúncia registrada em boletim de ocorrência na delegacia ou através do telefone 190."Se não for desta forma não enviamos viatura para o local, pois há risco de ser trote e acabamos por perder tempo ao invés de ganhar", disse a delegada Alzira Veiga. Segundo ela, após a apreensão, o animal é encaminhado para a tutela de alguém que possa cuidar dele, uma vez que a delegacia não dispõe de espaço para albergar um animal de grande porte.
A lei federal 9.605/98, conhecida como Lei dos Crimes Ambientais diz, no artigo 32, que praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime punido por lei. A pena prevista é de três meses a um ano de prisão e multa, aumentando se 1/6 a 1/3 se ocorrer a morte do animal.vv
do DN
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