Mineiro defende transparência na execução orçamentária do Estado




Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (17) da Assembleia Legislativa, o deputado Fernando Mineiro (PT) defendeu maior transparência sobre a questão da execução orçamentária pelo Governo do Estado. Ele ponderou que o remanejamento (R$ 1,1 bilhão) e o excesso de arrecadação (R$ 388 milhões), registrados até agora, permitem à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) usar os recursos para qualquer fim, sem o devido acompanhamento dessa aplicação. 
 
“Até ontem [dia 16], o governo incorporou ao Orçamento R$ 388 milhões, que aplicou como bem quis. Ao autorizar o remanejamento acima de 15%, essa Casa [Assembleia Legislativa] deu a capacidade ao governo para modificar totalmente o Orçamento”, afirmou. 
 
Mineiro reafirmou que o governo subestimou a previsão de arrecadação de 2012 “para ficar livre e mexer no Orçamento Geral do Estado conforme sua vontade”. 
 
“Com o excesso de arrecadação o governo pode destinar recursos onde bem entende, onde bem queria, com qualquer finalidade. Ninguém nessa Casa tem condições de acompanhar a execução do Orçamento. Não há transparência”, reiterou. 
 
O deputado lembrou que, durante o período eleitoral, o governo tentou repassar R$ 4,5 milhões, oriundos do excesso de arrecadação, para diversos municípios do interior. Isso só não aconteceu por determinação da Justiça. 
 
Mineiro enfatizou que o debate sobre a execução orçamentária e as prioridades do governo é “fundamental”. Ele responsabilizou a AL pela falta de transparência e pela falta de discussão sobre essa matéria. 
 
"O que acontece aqui é que no último dia de sessão do ano os deputados chegam aqui e votam o Orçamento. Essa Casa é responsável por essa situação, porque é ela quem dá aval ao governo. Espero que a gente consiga começar a mudar isso, minimizar esse efeito de subordinação do Legislativo ao Executivo”, disse. 
 
O parlamentar afirmou que irá apresentar novamente uma proposta para limitar o percentual de remanejamento do governo a 5% do OGE. “Espero que haja uma mudança de postura dessa Casa”. 
 
Ele anunciou, ainda, que irá propor a realização de uma audiência pública e convidar o secretário estadual de Planejamento, Francisco Obery Rodrigues Junior, para explicar o Orçamento do Estado. 
 
Fonte: Assessoria do Mandato

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