Para Maluf, possível eleição de Haddad é vitória estratégica de Lula


O deputado federal Paulo Maluf (PP) disse na manhã deste domingo (28), ao votar em uma faculdade do Jardim Paulista (zona oeste), que o possível triunfo de Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição paulistana representa "uma vitória de estratégia do Lula", para a qual seu partido "deu uma contribuição".
Para o ex-prefeito, que se declarou candidato à reeleição em 2014, a campanha do tucano José Serra errou ao atacar o apoio do PP ao petista--oficializado em junho, em sessão de fotos com a presença de Lula recebida com contrariedade por parte da militância do PT e sucedida pelo anúncio de abandono da chapa por parte da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP).



"Quando nós acreditamos no Haddad, ele tinha 3% nas pesquisas. O Datafolha mostrou que 12% da população de São Paulo estava disposta a votar em um candidato que o Paulo Maluf e o PP apoiassem. Eles [a campanha do PSDB] comunicaram aos malufistas que estávamos com o Haddad. Fizeram uma boa campanha para ele", afirmou.
O deputado disse também que não negociou secretarias e cargos num eventual governo Haddad.

Eleições em São Paulo - segundo turno

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Avener Prado/Folhapress
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O prefeito Gilberto Kassab vota no colégio Santa Cruz, em SP

"Não pedimos nada, absolutamente nada. Foi um casamento na igreja, com o cardeal Lula, absolutamente cristalino e transparente. Não conversei com o Haddad [cara a cara] depois daquele encontro em junho. Nos falamos por celular algumas vezes, quando passei conselhos para ele sobre os debates [de TV]."
A respeito de Serra, disse que o tucano poderia se eleger "muito fácil" para a Câmara dos Deputados em 2014 e "teria chances" numa eventual corrida ao Senado.
"As campanhas em que mais aprendi foram aquelas que perdi. Foram pedagógicas", alfinetou. "Mas quem sou eu para dar lição pros tucanos? Eles que são bicudos que se entendam."
FUSÃO
Depois de votar, Maluf comentou as informações de que o prefeito Gilberto Kassab (PSD) articula a fusão de sua sigla com o PP.
"É um bom quadro, um homem jovem, com futuro. Gosto muito dele. É evidente que podemos estar coligados numa campanha futura, mas a fusão de partidos depende de muita conversa, principalmente em Brasília, com senadores e bancada de deputados."
No Senado, a ideia enfrenta oposição de Ana Amélia (PP-RS) e de Francisco Dornelles (PP-RJ), presidente nacional da sigla.
Fonte: Folha de SP

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