PDT e PMDB disputam comando da prefeitura de Natal

do DN Online
PDT e PMDB disputam comando da prefeitura de Natal  
Natal apresenta um recorte eleitoral diferente de outras capitais nordestinas. Semelhante mesmo, só algumas curiosidades dos dois postulantes à chefia do executivo municipal, negadas durante a campanha. Se Carlos Eduardo Alves e Hermano Morais são os únicos representantes do PDT e PMDB, respectivamente, em disputa neste segundo turno no Nordeste, ambos carregam a culpa do apoio a atual prefeita Micarla de Sousa e o nome conservador dos Alves no encalço de
cada candidato.

Embora Carlos Eduardo tenha construído uma imagem de maior opositor de Micarla de Sousa, foi ele o responsável pela ascensão política da prefeita quando a convidou para compor chapa majoritária encabeçada por ele, em 2004. Hermano Morais soube usar deste artifício na campanha e procurou disfarçar, de forma evidente, os quatro anos de apoio à administração municipal, inclusive com participação do partido no primeiro escalão do governo Micarla.

Se Carlos Eduardo tem o Alves no sobrenome e na figura do pai, Agnelo Alves, Hermano tem no palanque, com apoio do deputado federal Henrique Alves e do ministro da Previdência, Garibaldi Alves. Se o pedetista rejeita o ranço ideológico do sobrenome desde o início de sua carreira política, com o auspício de uma candidatura independente, seu adversário neste pleito usou a figura de Garibaldi em praticamente todos os programas da campanha eleitoral
na TV.

Carlos Eduardo é advogado e empresário. Tem 53 anos. Apesar da origem familiar no Rio Grande do Norte, nasceu no Rio de Janeiro. Se iniciou na política no PMDB comandado pela família Alves há décadas e optou pela “independência política” se filiando ao PDT em seguida. Hermano Morais, bancário e economiário, tem 50 anos e fez um caminho quase inverso na política: se iniciando em um partido de defesa dos trabalhadores (PT) e migrando ao PMDB.

O candidato do PDT conseguiu 40,42% dos votos válidos no primeiro turno (153.464 votos), contra 23,01% (87.380 votos) do peemedebista. Uma diferença de 66.084 votos. A diferença representa pouco mais de 10% do eleitorado natalense, composto de 526,426 mil eleitores. Para vencerem a eleição, ambos precisam dos votos do candidato petista Fernando Mineiro, que conquistou 85.915 votos – apenas 1.465 votos a menos do que o segundo colocado.

Se partido político ainda carrega ideologia, o eleitor também pode estudar a coligação de cada um. A coligação União por Natal, de Carlos Eduardo, é composta por PRB / PDT / PTN / PPS / PHS / PSB / PPL / PSD / PC do B, além da ex-governadora e vice na chapa, Wilma de Faria, do PSB. E a coligação Natal Merece Respeito, de Hermano Morais, tem PP / PMDB / PR / PSDC / PRTB / PMN / PTC, e o PSC do vice Jacó Jácome também compõe a coligação.

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