Lula foi recebido pelos dirigentes da Cosatu, a central sindical sul-africana, e lembrou que unindo as forças que derrotaram o apartheid eles serão capazes de derrotar a desigualdade e a crise econômica.
“Para que todas juntas, as mesma forças que derrotaram o apartheid, derrotem qualquer crise econômica, derrotem qualquer inflação e recuperem a coisa mais sagrada para o trabalhador, que é o direito de trabalhar e levar para casa no final do mês o feijão, o pão, o arroz, como resultado do seu suor e do seu esforço”, disse Lula.
Central sindical sul-africana defende “Momento Lula” no país
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou neste sábado (17) a sede da Cosatu, a maior central sindical sul-africana. No seu último congresso, em setembro, a central havia defendido para a África do Sul o que seria um “Momento Lula”, de redução de desemprego, desigualdade econômica e pobreza. Por isso, assim foi batizada a visita de Lula para conversar com os dirigentes da entidade. A Cosatu e o partido político Congresso Nacional Africano (ANC) estão em diálogo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o PT para viabilizar um grande encontro para troca de experiências já em 2013.
“Graças a Lula, o Brasil não é mais o país com maior desigualdade do mundo”, destacou Tyotyo James, vice-presicente da Cosatu. Tyotyo James ressaltou ainda que durante o governo Lula, enquanto a desigualdade era combatida e a condição de vida dos trabalhadores melhorava, 14 novas universidades foram construídas no Brasil. “Temos que fazer um ‘momento Lula’ ser viável na África do Sul”.
O ex-presidente falou sobre sua experiência de governo, com programas sociais e valorização do salário mínimo criando um forte mercado consumidor interno, e defendeu que são os mais pobres que precisam do governo. “Quais foram as palavras-chave do sucesso das redução de pobreza no Brasil? Democracia e inclusão. Nós provamos que aumento de salário não gera inflação. Quando aumenta o salário, aumenta o consumo dos mais pobres, o comércio produz mais, as fábricas produzem mais, e isso gera mais empregos”.
Lula defendeu que o governo e o movimento sindical sempre têm de manter um diálogo aberto, constante e franco. “O valor que aprendemos a dar para a luta de vocês, isso não merece, em um momento de dificuldade, por mais divergências que vocês tenham, que não sejam capazes de discutir e encontrar uma solução comum, para que juntos, as mesmas forças que derrotaram o apartheid derrotem qualquer crise econômica, inflação e protejam a coisa mais sagrada para um trabalhador, que é o direito de trabalhar e levar comida de volta para casa. Este é uma valor inestimável”.
Lula também defendeu a diversificação dos parceiros comerciais da África do Sul, para reduzir a dependência da Europa e dos Estados Unidos, ampliando mais o comércio do país com a própria África e a América Latina. O ex-presidente citou o exemplo positivo da resistência brasileira à crise nos países desenvolvidos em 2008, devido à ampliação dos parceiros comerciais.
Na ocasião os sul-africanos cantaram para Lula
Tradução da canção
“O Lula que conhecemos é aquele que apenas os que o viram e estiveram com ele compreendem sua grandeza”
Vídeo: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
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