A globalização e o acirramento da disputa entre os países produtores de pescado devem ser tratados pelo Brasil como um sinal de que a aquicultura precisa ter um novo modelo no país. Essa é a opinião do consultor chileno Carlos Wurmann, que fez a última palestra do Seminário Motores do Desenvolvimento Pesca e Aquicultura, ontem à tarde, no auditório da Fiern. Para Wurmann, que é consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO e foi um dos gestores da aquicultura no Chile, o Brasil precisa de um modelo mais produtivo para competir com os países asiáticos.
Alex Régis
Carlos Wurmann foi o último palestrante do dia no seminário Motores do Desenvolvimento
O consultor chileno argumenta que a estagnação do setor no Brasil deve provocar uma "invasão" de produtos da China,da Tailândia, entre outros. Isso porque esses países terão como produzir com mais qualidade e com preços mais acessíveis. Isso faria com que uma séria competição com os produtores do mercado interno acontecesse. "O Brasil pode até brecar essa chegada por um, dois ou três anos, mas se não houver um modelo mais competitivo dentro do próprio país fatalmente irá sucumbir a essa competição", disse Wurmann. Hoje, segundo Wurmann, 60% da produção de aquicultura no mundo é da China. Outros países que se destacam na produção são responsáveis por mais 22% da produção. Ou seja: a aquicultura está concentrada em poucos locais.
da TN
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