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Ceia variada: hamonizar exige cuidados
Margarida O. Pfeifer / São Paulo
Que o vinho é a bebida ideal para acompanhar os jantares festivos de fim de ano, parece não haver dúvida, mesmo entre os brasileiros que ainda o consomem tão pouco. O problema é saber escolher o tipo certo de vinho para harmonizar com uma mesa de pratos tão variados.
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Canapés, frutas secas (castanhas, figo, tâmaras, etc), saladas, tortas, peru, chester, pernil e lombo de porco, tender, presunto e bacalhau, além de sobremesas como doces em calda, mousses, pudins, chocolate e panetone, um dos símbolos da época. Como combinar o vinho com essa miscelânea de sabores?
E a hamonização não é coisa de especialistas, como muitos podem imaginar. Acertar o melhor vinho para cada prato é simplesmente buscar o melhor sabor para a combinação -- para que o vinho não roube o aroma do prato, como pode ocorrer ao menor descuido.
As ceias de Natal e Reveillon são uma verdadeira “salada” de pratos, muitos deles pesados para o verão brasileiro, em contraste com o frio do hemisfério norte, onde esse tipo de comemoração teve origem. “O melhor a fazer é não pensar num único tipo de vinho para a ocasião, mas em vários”, sugere a sommelière da Salton, Carina Cooper. “Não há problema algum misturar. Há um mito entre os brasileiros de que misturar bebidas deixa bêbado, quando na verdade é a quantidade ingerida de álcool que provoca a embriaguez.”
Comece com espumante
Para um jantar tradicional, a sommelière aconselha a começar com um espumante ou frisante, porque as borbulhas são o símbolo da comemoração e definem bem o clima da festa. “Dê as boas-vindas aos convidados com espumante na temperatura de 6 graus acompanhado de alguma entrada leve, como canapés”, aconselha Carina. “Depois, coloque no bufê ou sobre a mesa, caso a ceia seja ao redor da mesa, junto com as várias opções de pratos também várias opções de vinho, para que as pessoas provem e escolham aquele que melhor se adapte ao paladar delas.”
Claro que a sugestão da especialista não significa escolher vinhos aleatoriamente. “No Brasil, as pessoas têm na cabeça que tinto é cabernet sauvignon e branco é chardonnay”, ressalta Carina, para quem nem o cabernet sauvignon e nem o famoso argentino malbec – mais apropriados para carnes de churrasco, como a picanha – devem estar presentes numa ceia tropical. “A melhor opção é o merlot, que é mais aveludado, não tem tanto tanino e consegue se adaptar aos diversos pratos, sem comprometer o sabor.”
É bom considerar ainda que numa festa familiar como as de fim de ano, com gente de várias idades e gostos, algumas vão ficar mais nos pratos leves, como a salada e o peixe. Neste caso, vão bem tanto um tinto pinot noir quanto um branco riesling, sauvignon blanc ou chardonnay (este vai muito bem com bacalhau, por exemplo), que são vinhos refrescantes, de alta acidez e acompanham bem o vinagre, aceto e limão do tempero da salada, segundo Carina.
Os vinhos tintos de verão (atenção: servir na temperatura de 16 graus), como os feitos de uvas merlot, shiraz, pinot noir e tempranillo podem escoltar também as ceias menos convencionais, como as de comidas regionais do Norte e Nordeste, as que privilegiam massas e a cozinha árabe. Ou até mesmo uma ceia à base de comida japonesa, como costuma fazer a família de Carina. “Neste caso, acompanhamos com espumante rosé, vinho branco riesling e tinto pinot noir.”
Seja qual for o tipo de ceia escolhido, o importante é que o vinho esteja dentro das possibilidades da família. “Não precisa ser o mais caro. Hoje, você encontra nas gôndolas vinhos brancos de qualidade a partir de R$ 13 e tinto a partir de R$ 16 ou R$ 17. Se puder comprar um de R$ 30, vai estar muito bem servido”, assegura Carina Cooper. E lembre-se: como qualquer bebida alcoólica, o vinho deve ser sempre acompanhado de água, natural ou com gás, que serve ao mesmo tempo para limpar o paladar e hidratar.
Termine com vinho doce
Para fechar, um moscatel ou espumante doce acompanham bem as sobremesas, diz a sommelière da Salton. “Combinação perfeita é panetone com espumante doce. É muito bom, vale a pena provar! Os vinhos doces também harmonizam com bolos recheados de frutas secas. Até mesmo um vinho do Porto vai bem nessa hora.”
No momento do tradicional brinde, é o estouro do espumante que marca o momento. Na verdade, embora bastante apreciado pelos brasileiros, não é recomendável “estourar” o espumante, sob pena de perder o que ele tem de mais precioso, as borbulhas de gás natural. Mas, para Carina, cada um pode brindar com o vinho que estiver tomando, não é obrigatório mudar para o espumante.
Aproveite as dicas da sommelière e busque aqui, no Guia de Vinhos, os rótulos e preços dos vinhos mais adequados à sua festa. Basta entrar em “Buscar Vinhos” e procurar por nome, país, região, vinícola, tipo (branco, espumante, rosé e tinto), variedades de uva e preço. São mais de mil rótulos, com informação sobre as características do vinho e preço médio.
Saúde e um ótimo fim de ano!
Que o vinho é a bebida ideal para acompanhar os jantares festivos de fim de ano, parece não haver dúvida, mesmo entre os brasileiros que ainda o consomem tão pouco. O problema é saber escolher o tipo certo de vinho para harmonizar com uma mesa de pratos tão variados.
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Veja como combinar vinho com bacalhau
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Canapés, frutas secas (castanhas, figo, tâmaras, etc), saladas, tortas, peru, chester, pernil e lombo de porco, tender, presunto e bacalhau, além de sobremesas como doces em calda, mousses, pudins, chocolate e panetone, um dos símbolos da época. Como combinar o vinho com essa miscelânea de sabores?
E a hamonização não é coisa de especialistas, como muitos podem imaginar. Acertar o melhor vinho para cada prato é simplesmente buscar o melhor sabor para a combinação -- para que o vinho não roube o aroma do prato, como pode ocorrer ao menor descuido.
As ceias de Natal e Reveillon são uma verdadeira “salada” de pratos, muitos deles pesados para o verão brasileiro, em contraste com o frio do hemisfério norte, onde esse tipo de comemoração teve origem. “O melhor a fazer é não pensar num único tipo de vinho para a ocasião, mas em vários”, sugere a sommelière da Salton, Carina Cooper. “Não há problema algum misturar. Há um mito entre os brasileiros de que misturar bebidas deixa bêbado, quando na verdade é a quantidade ingerida de álcool que provoca a embriaguez.”
Comece com espumante
Para um jantar tradicional, a sommelière aconselha a começar com um espumante ou frisante, porque as borbulhas são o símbolo da comemoração e definem bem o clima da festa. “Dê as boas-vindas aos convidados com espumante na temperatura de 6 graus acompanhado de alguma entrada leve, como canapés”, aconselha Carina. “Depois, coloque no bufê ou sobre a mesa, caso a ceia seja ao redor da mesa, junto com as várias opções de pratos também várias opções de vinho, para que as pessoas provem e escolham aquele que melhor se adapte ao paladar delas.”
Claro que a sugestão da especialista não significa escolher vinhos aleatoriamente. “No Brasil, as pessoas têm na cabeça que tinto é cabernet sauvignon e branco é chardonnay”, ressalta Carina, para quem nem o cabernet sauvignon e nem o famoso argentino malbec – mais apropriados para carnes de churrasco, como a picanha – devem estar presentes numa ceia tropical. “A melhor opção é o merlot, que é mais aveludado, não tem tanto tanino e consegue se adaptar aos diversos pratos, sem comprometer o sabor.”
É bom considerar ainda que numa festa familiar como as de fim de ano, com gente de várias idades e gostos, algumas vão ficar mais nos pratos leves, como a salada e o peixe. Neste caso, vão bem tanto um tinto pinot noir quanto um branco riesling, sauvignon blanc ou chardonnay (este vai muito bem com bacalhau, por exemplo), que são vinhos refrescantes, de alta acidez e acompanham bem o vinagre, aceto e limão do tempero da salada, segundo Carina.
Os vinhos tintos de verão (atenção: servir na temperatura de 16 graus), como os feitos de uvas merlot, shiraz, pinot noir e tempranillo podem escoltar também as ceias menos convencionais, como as de comidas regionais do Norte e Nordeste, as que privilegiam massas e a cozinha árabe. Ou até mesmo uma ceia à base de comida japonesa, como costuma fazer a família de Carina. “Neste caso, acompanhamos com espumante rosé, vinho branco riesling e tinto pinot noir.”
Seja qual for o tipo de ceia escolhido, o importante é que o vinho esteja dentro das possibilidades da família. “Não precisa ser o mais caro. Hoje, você encontra nas gôndolas vinhos brancos de qualidade a partir de R$ 13 e tinto a partir de R$ 16 ou R$ 17. Se puder comprar um de R$ 30, vai estar muito bem servido”, assegura Carina Cooper. E lembre-se: como qualquer bebida alcoólica, o vinho deve ser sempre acompanhado de água, natural ou com gás, que serve ao mesmo tempo para limpar o paladar e hidratar.
Termine com vinho doce
Para fechar, um moscatel ou espumante doce acompanham bem as sobremesas, diz a sommelière da Salton. “Combinação perfeita é panetone com espumante doce. É muito bom, vale a pena provar! Os vinhos doces também harmonizam com bolos recheados de frutas secas. Até mesmo um vinho do Porto vai bem nessa hora.”
No momento do tradicional brinde, é o estouro do espumante que marca o momento. Na verdade, embora bastante apreciado pelos brasileiros, não é recomendável “estourar” o espumante, sob pena de perder o que ele tem de mais precioso, as borbulhas de gás natural. Mas, para Carina, cada um pode brindar com o vinho que estiver tomando, não é obrigatório mudar para o espumante.
Aproveite as dicas da sommelière e busque aqui, no Guia de Vinhos, os rótulos e preços dos vinhos mais adequados à sua festa. Basta entrar em “Buscar Vinhos” e procurar por nome, país, região, vinícola, tipo (branco, espumante, rosé e tinto), variedades de uva e preço. São mais de mil rótulos, com informação sobre as características do vinho e preço médio.
Saúde e um ótimo fim de ano!
Mais informação: Veja 74 sugestões de merlots de nosso Guia
http://www.vdevinho.com.br
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