Após alta, Ruthênio nega discussão antes de ser esfaqueado na Bernardo Vieira


Adriano AbreuMédico recomendou que Ruthênio ficasse em repouso e fizesse caminhadas
Médico recomendou que Ruthênio ficasse em repouso e fizesse caminhadas

Valdir Julião - Repórter

O vendedor de autopeças Ruthênio Antônio Wanderley Montenegro, 26 anos, já está descansando em casa de parentes e recuperando-se do pós-operatório oito dias depois de ser internado no Hospital Walfredo Gurgel, em virtude das 13 facadas que recebeu do mecânico de automóveis Wagner Gomes da Silva. O ataque aconteceu após acidente de trânsito ocorrido na noite de do dia 7 de janeiro, na avenida Bernardo Vieira.

Confira o áudio da entrevista:

Ruthênio  Montenegro falou com a TRIBUNA DO NORTE no começo da tarde desta terça-feira (15) na residência de um irmão, acompanhado do irmão caçula e do pai, Oberdan Montenegro. Segundo ele, só agora está tomando pé da situação " e lendo o que saiu nos jornais" e vendo o noticiário na televisão, a respeito do caso que vitimou sua mãe Lúcia Maria Wanderley Montenegro, morta com uma facada na veia aorta quando pedia socorro pelo filho.
Segundo Ruthênio, os médicos que lhe deram alta na manhã desta terça, às 7h30, informaram que as facadas desferidas pelo mecânico atingiram vários órgãos, inclusive o apêndice, que precisou ser retirado. Ele ainda se encontra com curativos nas duas coxas, com hematomas e curativos no abdômen, em decorrência dos ferimentos. Ele disse que a orientação médica é para que tenha muito repouso, comendo uma alimentação leve e que faça muita caminhada. 

O pai Oberdan Montenegro disse que espera por justiça no caso, mas falou que não defende a a implantação da pena de morte no Brasil, como muitos defendem: "Morreria muita gente inocente". 
                   

Durante a entrevista, Ruthênio Montenegro negou que tivesse ocorrido uma discussão com o acusado da tentativa de homicídio contra ele e da morte da sua mãe. "É mentira", resumia ele, ao confirmar que tinha telefonado para o número 190 da Polícia para que fosse feita a perícia no local do  acidente, e só viu quando o acusado  voltou, depois de bater em duas motos, fazer uma contramão, ocasião em que só sentiu a primeira facada.

Ele afirmou que ainda ouviu sua mãe correndo em sua direção, "pedindo por socorro, acuda meu filho" e não viu mais nada, a não ser ela escorada na parede e com o braço no peito", porque já estava perdendo  muito sangue, sentindo frio e sede.
da TN

Nenhum comentário:

Postar um comentário