Calçadão de Ponta Negra, em Natal, ainda não tem data para reconstrução


calçadão Ponta Negra Natal (Foto: G1)Calçadão da praia de Ponta Negra destruído  (Foto: G1)
Em reunião entre o Ministério Público Estadual e a Prefeitura de Natal, na tarde desta quarta-feira (30), ainda não ficou definido o início das obras de reconstrução do calçadão da orla da praia de Ponta Negra, onde fica o principal carão postal da capital: o Morro do Careca.
No encontro, o Ministério Público apontou a necessidade de realizar a engorda da praia, deposição de areia numa porção do mar, como determinou o Ministério da Integração. E apontou alternativas para isso.
Gilka da Mata afirma que, se a Semarh não responder Recomendação, irá ajuizar ação contra o Estado (Foto: Ricardo Araújo/G1)Gilka da Mata  (Foto: Ricardo Araújo/G1)
"Nós pesquisamos como foi feita a engorda em outras partes do nordeste. Muitas usam a dragagem, quando a areia é retirada de dentro do mar, mas em bolsões de areia de outras praias", disse a promotora do Meio Ambiente, Gilka da Mata. "A engorda é extremamente importante para recuperar o que foi perdido com a erosão", completou.
Já a prefeitura, defende a necessidade de comprar areia de outras jazidas, o que custa mais de R$ 3 milhões. O secretário de Obras da capital, Rogério Mariz, disse que o município não tem dinheiro para arcar com os custos da reconstrução do passeio público, que somando com o aterro, chega a R$ 8 milhões.
Além disso, o secretário defendeu que será preciso revalidar o decreto de calamidade pública para conseguir um novo prazo com o Ministério de Integração. "O estado de calamidade já expirou, mas o decreto é necessário para garantir a verba com o ministério", indicou Mariz."O Ministério da Integração sinalizou que pode fornecer a verba. Mas para isso é necessário alguns trâmites. Pedimos para concluir o relatório de trabalho, documento fundamental para conseguir a verba, até este domingo (3), para levá-lo a Brasília na segunda (4).
Enquanto isso, o carnaval se aproxima e o local continua sem estrutura para receber turistas e potiguares.
Calamidade
O decreto de calamidade pública no calçadão de Ponta Negra inicial entrou em vigor em 12 de julho de 2012, dias após boa parte do passeio ter sido destruído pelo avanço do mar. Em 12 de outubro do mesmo ano, o prazo foi prorrogado por mais 90 dias, terminando neste mês de janeiro de 2013.
Porém, desde então nenhuma ação de reparo foi realizado no local. A deterioração se agravou e impediu, inclusive, a realização do réveillon deste ano na praia, que é cartão postal da capital potiguar, sob pena afixada pela Justiça de R$ 1 milhão, caso o Governo do Estado não isolasse o calçadão.
Laudos de especialistas e tentativas frustadas de conter o avanço de mar em direção à calçada com sacos de areia não resolveram a situação, e o principal ponto turístico do RN permanece deteriorado.
G1 do RN

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