Goleiro segura vaga do Grêmio


Veio com muito drama a classificação do Grêmio para a fase de grupos da Libertadores. Ontem, no primeiro jogo oficial da história da Arena, o time gaúcho venceu a LDU por 1 a 0, com um golaço de Elano, devolvendo o placar sofrido no Equador. Nos pênaltis, a equipe gaúcha venceu por 5 a 4. A partida também ficou marcada por uma incidente nas arquibancadas. Na tradicional comemoração dos gols gremistas, uma grade da Arena desabou, deixando feridos aos menos uma dezena de torcedores.
LUCIANO LEONApós marcar o gol da vitória, Elano o acidente que vitimou vários torcedores após a avalanche
Após marcar o gol da vitória, Elano o acidente que vitimou vários torcedores após a avalanche

A iniciativa do jogo foi sempre do Grêmio, que começou pressionando a LDU e criando chances para marcar. A partir da metade do primeiro tempo, os equatorianos encaixaram a marcação e contaram com erros de passe dos donos da casa para segurar o resultado. Com uma formação mais ofensiva, o Tricolor abriu o placar num chute de fora da área de Elano, mas não conseguiu fazer o segundo gol, forçando a decisão por pênaltis. Nos pênaltis, Saimon errou a segunda cobrança, defendida por Domínguez. No entanto, Reasco perdeu a terceira da LDU. A primeira série de cinco cobranças acabou empatada em 4 a 4. Na sexta, Alex Telles fez para o Grêmio e Marcelo Grohe defendeu com os pés a cobrança de Morante, levando os 41 mil torcedores na Arena à loucura.

Classificado, o Grêmio estreia na fase de grupos da Libertadores no dia 12 de fevereiro, contra o Huachipato, na Arena. Fluminense e Caracas serão seus outros adversários no Grupo 8. 

A Arena, que recebeu o primeiro jogo oficial de sua história, contou com grande público, mas não lotou completamente. Animado, o Grêmio começou pressionando o time equatoriano. Em 11 minutos, foram quatro chances. Passada a pressão inicial, o Grêmio passou a ter dificuldades de ingressar na área da LDU, apesar de ter posse de bola muito maior. 

Buscando a vitória, Luxemburgo jogou o time para frente no intervalo. Aos poucos, a pressão foi aumentando. Aos 14, Elano cobrou falta com perfeição, mas Domínguez alcançou e mandou para escanteio. Na cobrança, a bola cruzou a área e sobrou para Bressan, que pegou de primeira, no susto, por cima. Aos 16, não houve jeito para a LDU: Elano arriscou da intermediária e mandou no ângulo, indefensável para o goleiro equatoriano. Golaço, Grêmio 1 a 0. O alambrado da Arena não resistiu à avalanche e cedeu, ferindo ao menos uma dezena de torcedores (uma jovem foi levada ao hospital) e paralisando o jogo por cinco minutos.

A parada forçada diminuiu um pouco o ritmo, mas o Grêmio seguiu melhor.  Nos minutos finais, a LDU ficou confinada atrás. A situação piorou aos 42, quando Hurtado foi expulso por entrada violenta em Deretti. 

São Paulo sofre efeito da altitude, mas garante vaga

A altitude de 3.600 metros de La Paz não tirou do São Paulo a vaga para a fase de grupos da Libertadores, mas ajudou o Bolívar ao menos a conseguir uma grande virada ontem. A equipe brasileira começou o jogo como se estivesse no nível do mar e abriu três gols de diferença, mas acusou cansaço já no fim da primeira etapa e saiu derrotada por 4 a 3, mas classificada, graças ao triunfo de 5 a 0 no jogo de ida, no Morumbi.

Enquanto teve fôlego, o destaque são-paulino foi Jadson. O meia deu duas assistências, uma para Luis Fabiano e outra para Osvaldo, e ainda fez seu gol. Lances no primeiro tempo, os quais forçaram o Bolívar a fazer nove gols para não ser eliminado de maneira precoce, o que não ocorreu.

Na próxima fase da competição, o time tricolor terá a companhia de Atlético-MG, The Strongest (Bolívia) e Arsenal (Argentina) no grupo 3. 

Um minuto foi o suficiente para se ter certeza de que a vaga tinha dono. Após escanteio cobrado por Jadson da direita, Luis Fabiano subiu de cabeça e colocou a bola na rede de Arguello. O goleiro até tocou a bola, mas sem a força necessária para impedir que o São Paulo abrisse a contagem.

Aos 15 minutos, ainda com gás, o São Paulo chegou com tudo ao campo de ataque. Osvaldo encontrou Jadson no meio da área, o meia encarou a marcação, levou a bola ao pé esquerdo e tocou rasteiro, no canto direito de Arguello, para ampliar a vantagem. Um gol facilitado pela ingenuidade da defesa adversária.

Sem parar, aos 34 minutos, veio o terceiro gol. Numa tabela com Jadson, Osvaldo recebeu de frente para o gol e completou de primeira, sem reação de Arguello em cima da linha. À essa altura, o Bolívar dependia de nove gols para evitar a eliminação. Sob os gritos do treinador à beira do campo, Lizio rolou bola para Ferreira, pelo lado direito do ataque, chutar cruzado e vazar Ceni, aos 37 minutos. 

No último lance da primeira etapa, um apagão na defesa irritou Ceni e Lúcio. O time deu até toques de letra antes de perder a posse de bola e ver o Bolívar arriscar um chute de longa distância, que fez a bola passar rente ao travessão. O goleiro e o zagueiro reclamaram da falta de seriedade dos companheiros à frente da área.

Os primeiros sinais de cansaço apareceram na fala dos jogadores ao descer para os vestiários. Luis Fabiano foi sacado aos dez minutos do segundo tempo para a entrada de Aloísio. No minuto seguinte, Ceni fez ótima defesa em chute de Arce, de longa distância. Aos 13, porém, não foi capaz de alcançar cabeceio de Cabrera, que, livre de marcação, diminui ainda mais a desvantagem.

Aproveitando-se da falta de gás dos brasileiros, o Bolívar igualou o marcador aos 24 minutos. Cabrera. Quatro minutos depois, Rhodolfo cometeu pênalti, convertido por Ferreira.

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