PMDB de Minas não quer nem ouvir falar em Temer


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Deputado Leonardo Quintão, a quem teria sido prometido um ministério para retirar sua candidatura à prefeitura de BH e apoiar o candidato do PT, está muito insatisfeito com o vice-presidente, com quem se reuniu na época das articulações. Agora, ele e outros membros do PMDB mineiro voltam a ameaçar com um namoro antigo, com a candidatura do tucano Aécio Neves à sucessão de Dilma Rousseff. Líder dos peemedebistas no estado, senador Clésio Andrade é quem deverá resolver o impasse.

Minas via-247 - No início de julho passado, o PMDB de Belo Horizonte tinha um candidato à prefeitura, o deputado federal Leonardo Quintão. Surpresa do pleito anterior, em 2008, quando chegou ao segundo turno das eleições contra o favorito Marcio Lacerda -- apoiado então por uma inédita aliança entre o PSDB de Aécio Neves e o PT de Fernando Pimentel, governador e prefeito na época --, ele voltava a figurar como azarão na campanha. Mas as pesquisas o colocavam sempre em torno de 10%, o que permitia sonhar com uma eventual ida ao segundo turno.

Até que o PT rompeu a aliança com o prefeito Lacerda (PSB) e pediu a entrada dos peemedebistas na chapa de apoio a Patrus Ananias. O resto da história se conhece: Patrus perdeu no primeiro turno, ainda que tenha surpreendido na reta final e quase forçado um novo turno, no qual provavelmente seria o favorito.
Mas o preço da articulação começa a ser cobrado. Quintão, que retirou seu nome da disputa por Patrus, agora não quer nem ouvir falar do nome do vice-presidente Michel Temer. Segundo o colunista da revista Veja Lauro Jardim, o deputado federal mineiro teria a garantia, dada pelo próprio Temer, de ganhar um ministério em troca. Mas deve ficar só na vontade, já que a tendência é o PMDB de São Paulo ganhar algum ministério, provavelmente para o também deputado Gabriel Chalita.

Os peemedebistas de Minas, que já reclamavam da pouca atenção do governo Dilma Rousseff às demandas do partido no estado, novamente estão insatisfeitos. A conversa é que, mais uma vez, Dilma e o PT deram prioridade absoluta a São Paulo, preterindo os mineiros -- cabe lembrar que Chalita foi um dos apoiadores mais entusiasmados, no segundo turno das eleições paulistanas, da candidatura de Fernando Haddad.
O resultado prático do lamento do PMDB mineiro já é de se imaginar: o flerte com a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB), que é antigo, voltou com força. Certamente Temer não ficará parado e deverá chamar para uma conversa o líder maior do partido no estado, o senador Clésio Andrade. Não é o próprio Quintão, mas é quem de fato tem dado as cartas no PMDB de Minas.

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