Como se não bastassem os problemas de superlotação, os pacientes do Hospital Geral Dr. José Pedro Bezerra, popularmente conhecido como Hospital Santa Catarina, na zona Norte de Natal, também podem correr o risco de ser atingidos por goteiras nos dias de chuva, causadas em função de infiltrações. A situação que parece inacreditável foi confirmada pelo diretor administrativo da unidade, Antônio Alves, que declarou que os serviços de manutenção nos principais pontos já estão sendo reparados.
“A chuva de ontem foi muito intensa em toda a cidade. Todas as regiões apresentaram problemas e, infelizmente, o hospital não ficou fora disso. Porém, constantemente fazemos reparos e reformas na unidade, mas ainda não tínhamos presenciado uma situação como essa”, declarou Antônio Alves, mesmo reforçando que uma das alas mais prejudicadas, a do Pronto Socorro, passou por uma reforma há pouco mais de seis meses.
O pronto socorro do Hospital Santa Catarina passou quase seis anos em reformas e foi reinaugurado no dia 28 de dezembro de 2012. Seis meses depois da entrega da obra, as infiltrações já são um problema e bastante visíveis em toda a estrutura da unidade. “Mas nós contamos com um serviço de manutenção que funciona 24h por dia, tentando resolver imediatamente qualquer problema que venha a surgir. Ainda ontem, uma boa parte dos problemas como retelhamento e calhas entupidas já foram resolvidos”, afirmou o diretor administrativo.
Entretanto, profissionais que trabalham no Hospital alegaram que não viram nenhum serviço realizado de ontem para hoje. Técnicas de Enfermagem que trabalham nos setores de reanimação e de pequenas cirurgias disseram que hoje pela manhã ainda escorria água pelo teto do prédio. “Ontem um senhor que estava internado na reanimação foi prejudicado com as goteiras. Mesmo a gente tentando afastar a sua maca, fica muito difícil trabalhar desse jeito. Foi um tumulto muito grande aqui, pois eram todos os leitos ocupados e a gente sem ter como deslocar as pessoas. A sala de pequenas cirurgias precisou ser interditada e o atendimento interrompido”, explicou a profissional de enfermagem, Fátima Santos.
Antônio Alves confirmou à reportagem sobre o problema ocorrido com o paciente, mas garantiu que a situação foi contornada de imediato. “De fato, isso aconteceu. Mas quando o paciente começou a sentir as gotas de água ele teve sua maca afastada e o problema foi contornado. Estamos tentando resolver tudo, mas com as chuvas fica difícil dar celeridade”, afirmou.
Quanto à questão do desabastecimento dos insumos da unidade, conforme o diretor, a compra de medicamentos e material hospitalar está sendo feita constantemente. “Não estamos mais em fase de desabastecimento crítico. Sempre vai haver alguma falta, já que é normal os insumos irem acabando, mas estamos sempre agilizando o processo de compra. Só no CAF [Centro de Abastecimento Farmacêutico] do Hospital temos dois farmacêuticos e dois técnicos para tratar do processo de compra e não faltar nada para os nossos pacientes”, disse Antônio Alves.
Fonte: JH
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