O presidente do diretório municipal do PDT em Natal, Kleber Fernandes, disse que a intenção do partido, na composição de alianças para as eleições deste ano, será priorizar participação em palanque de partidos que integrem a base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, o quadro está indefinido e há muitas especulações em torno de formação de chapas.
“A intenção do prefeito Carlos Eduardo e do PDT, até o momento, é de atuar juntamente com os partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff. Natal hoje virou um canteiro de obras e muito desse trabalho que vem sendo desenvolvido pela Prefeitura de Natal se deve ao empenho da presidente Dilma Rousseff e ao apoio do governo federal. Por isso, não faz sentido estarmos num palanque da oposição, uma vez que essa aliança, em nível nacional, existe, sendo bem sucedida. E Natal está ganhando muito com isso”, observou, em entrevista ao “Jornal da Cidade” (94 FM).
Fernandes ressaltou a indefinição do quadro político para as eleições deste ano. Segundo ele, há especulações quanto à formação dos palanques. “Nem os partidos que têm candidato ao governo decidiram ainda. A gente vê o PMDB anunciando que terá candidatura própria, mas não há definição. O PSD também anuncia candidatura própria, mas ainda está em conversações. Não há nada definido e não tem como PDT tomar uma decisão agora. Seria precipitado”.
VICE
Ao abordar a possibilidade de o PDT indicar o vice numa chapa do PSD com o PT, conforme sugerido na semana passada pelo deputado estadual José Dias (PSD), Fernandes disse que é preciso que haja a institucionalização das conversas, para que as discussões avancem. “Tudo isso está no campo das especulações. Foi a opinião do deputado José Dias. Institucionalmente não houve conversa no campo político entre as legendas para que houvesse definição”, disse.
Segundo ele, o PDT defende que o prefeito Carlos Eduardo “continue resgatando a cidade, e que nós possamos ter uma representatividade na Câmara Federal e ampliar nosso espaço na Assembleia Legislativa”, onde o PDT tem o mandato do deputado estadual Agnelo Alves. O objetivo da legenda é ampliar o número de mandatos de um para dois ou três. Além disso, o PDT quer participar das discussões para a formação da chapa majoritária. “Seja indicando o vice, seja indicando o suplente de senador”. Segundo Fernandes, “o PDT tem musculatura suficiente para isso, porque temos a Prefeitura da capital, temos a Prefeitura de Parnamirim, terceira maior cidade do Estado, temos 36 vereadores, quatro vice-prefeitos, temos o deputado estadual. É um partido forte que tem condição plena de discutir a composição dessa chapa majoritária”, ressaltou.
“Robinson e PT foram importantes, mas PMDB tem dado contribuição”
Kleber Fernandes reconhece como importante o apoio do presidente do PSD, Robinson Faria, e do PT, na eleição de Carlos Eduardo. Mas afirma que o PMDB tem dado salutar contribuição à cidade, o que pode ser decisivo na hora de o PDT escolher quem apoiar para governador e senador da República.
Pelo desenho do cenário da sucessão, dois palanques já estariam formados. Um com o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) como candidato a governador, tendo a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), como candidata ao Senado. E outro com Robinson Faria (PSD) candidato ao governo, com a deputada federal Fátima Bezerra (PT) disputando o Senado.
“Eu acho que o vice-governador teve uma participação importante na eleição para prefeito de Natal. O partido dele concedeu um tempo de TV bastante considerável na propaganda eleitoral do PDT, além do apoio do próprio vice-governador Robinson. E, no segundo turno, a participação do PT ajudando, e, acima de tudo, a deputada Fátima, que tem dado uma grande contribuição a Natal, através de emendas, de facilitação de diálogo em nível nacional. Mas (o apoio a essa eventual chapa) é uma situação que ainda precisa ser discutido internamente. Porque o PMDB também tem dado essa contribuição a Natal. O deputado Henrique Alves, o ministro Garibaldi Alves, têm aberto as portas para o PDT, para a Prefeitura de Natal. Têm dado a sua contribuição. É uma situação que precisa ser discutida com todos os partidos para que a gente possa chegar a um denominador comum. Por enquanto, tudo isso está no campo das especulações e precisa ter conversa institucional com todas as legendas”, disse Fernandes.
O presidente do PDT municipal destacou, ainda, que Henrique é presidente da Câmara e o PMDB tem vários ministérios, o que tem facilitado abertura de portas através do dialogo liderado por Henrique e Garibaldi em Brasília. “Os apoios políticos não dependem exclusivamente disso, mas de uma série de outras conversas, inclusive do projeto de governo que o partido pretende apresentar para o RN”.
Kleber Fernandes não descarta, também, que o PDT esteja num palanque com adversários da presidente Dilma Rousseff, desde que este seja liderado por um partido da base, como o PMDB. “Se for nessa composição, estaremos num palanque liderado por um partido que é da base aliada do governo federal”, afirmou.
Para ele, mesmo se aliando a legendas como PSB, DEM, PSDB e PPS, que deverão atuar para derrotar a presidente Dilma no RN, o PDT poderá apoiar o PMDB. “Quem vai ter mais dificuldade de articular isso vai ser o PMDB, que tem o vice-presidente da República e estaria num palanque regional com um partido adversário, mas tudo isso vai ser discutido ainda. Não há nada definido, não há nada fechado”.
do JH
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