O presidente do PT, Rui Falcão, bateu duro em dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, que se comportam de maneira cada vez mais extravagante; "a corte não é partido político, a corte não é torcida organizada; se ela começa a se transformar nisso, pode vir até mesmo no Brasil um outro tipo de terrorismo, o terrorismo de Estado"; nesta semana, Joaquim Barbosa rasgou o regimento do STF e anulou, de forma ilegal, uma decisão de Ricardo Lewandowski, com objetivo de manter em regime fechado um réu, José Dirceu, condenado ao semiaberto; Gilmar Mendes, por sua vez, ironizou as vaquinhas do PT e, numa carta a Eduardo Suplicy, sugeriu que Delúbio Soares arrecadasse R$ 100 milhões desviados no "mensalão"; Gilmar deu ar de verdade a uma versão fantasiosa que não é assumida nem por Aécio Neves, nem por Eduardo Campos; a pergunta que não quer calar: Gilmar e Joaquim são juízes ou políticos?
247 - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, declarou guerra, nesta sexta-feira (14), em Belo Horizonte, a dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, que têm agido de forma cada vez mais extravagante. Ele acusa o STF de agir como partido político. "A corte não é partido político, a corte não é torcida organizada. Se ela começa a se transformar nisso, pode vir até mesmo no Brasil um outro tipo de terrorismo, o terrorismo de Estado", disse ele.
A declaração foi motivada pelas declarações do ministro Gilmar Mendes, que colocou em xeque a origem das doações feita pelos petistas para a quitação das multas aplicadas aos condenados da Ação Penal 470. Hoje, em carta endereçada ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), Gilmar foi irônico e sugeriu que Delúbio Soares arrecadasse os R$ 100 milhões desviados para o "mensalão". Essa versão fantasiosa, do desvio de R$ 100 milhões dos cofres públicos, não é encampada nem pelos presidenciáveis Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, mas Gilmar pretendeu convertê-la em verdade – auditorias do Banco do Brasil e da Polícia Federal comprovam que os recursos da Visanet, uma empresa privada, foram efetivamente gastos em publicidade (leia mais aqui).
Falcão defendeu que o Poder Judiciário deve ser o mais equilibrado e o mais justo, mas que isso não ocorre com os petistas condenados no mensalão. Ele considerou um "absurdo" o que chamou de "prejulgamento" e o "insulto" feitos pelo ministro do STF ao PT, quando recomendou investigação sobre a origem do dinheiro das doações, e ao senador Eduardo Suplicy (SP), ao qual sugeriu uma "vaquinha" para quitar R$ 100 milhões "subtraídos dos cofres públicos" no mensalão. "O PT não vai apanhar calado, vai reagir sempre aos ataques que sofrer. Não vamos virar saco de pancadas de uma legião de derrotados", disse.
A declaração de Falcão também atinge o presidente do STF, Joaquim Barbosa. Nesta semana, ele rasgou o regimento interno da corte, ao rever, de forma monocrática uma decisão de Ricardo Lewandowski sobre o pedido de trabalho de José Dirceu. Barbosa agiu desta maneira para suprimir um direito constitucional de um réu e garantir que ele seja mantido em regime fechado, embora condenado ao semiaberto (leia mais aqui).
Da maneira como agem, Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes deixam uma dúvida no ar: hoje são juízes ou são políticos? Barbosa tem sido citado em pesquisas para a disputa ao Planalto. Mendes também foi incluído em sondagens para o governo do Mato Grosso.
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