O meio político aguarda uma reunião da governadora Rosalba Ciarlini com o senador José Agripino Maia, líder do Democratas, nesta sexta-feira (23).
A conversa vai girar em torno dos planos de Rosalba para o pleito deste ano. A governadora deseja concorrer à reeleição. O diálogo promete ser difícil.
Agripino já está fechado com o PMDB de Henrique Eduardo Alves e vai dizer isso para Rosalba. Segundo o presidente nacional do DEM, os parlamentares da legenda no Estado estão mais preocupados com a reeleição deles do que com a reeleição de Rosalba.
O foco de Agripino é a chapa proporcional. Há muito tempo que ele desistiu de defender o governo da aliada.
José Agripino faz questão de dizer hoje que não tem nada a ver com o desastre do Governo Rosalba. Isso é coisa de Carlos Augusto Rosado, diz bonacheirão.
Rosalba corre o risco de se humilhar hoje. José Agripino não está nem aí para as intenções dela. O governo já deu ou não deu.
O que José Agripino deseja hoje é ficar à sombra do prestígio político do presidente da Câmara dos Deputados e forte candidato ao governo, Henrique Eduardo Alves.
Henrique Eduardo Alves é árvore que pode dar frutos para Agripino e seus apaniguados. A árvore de Rosalba já secou. Para o líder do DEM, Rosalba já era. Ou já foi.
Repito o que já disse aqui certa vez:
Para não acabar como Micarla de Sousa, de tenebrosa memória, a governadora só tem uma coisa a fazer: anunciar, de uma vez por todas, que não será candidata à reeleição e chamar os representantes das principais instituições do Estado para promover um pacto em favor da governabilidade.
Rosalba não precisa de uma candidatura à reeleição para defender as boas ações do seu governo, como tem confidenciado nos bastidores.
Rosalba precisa de tempo e apoio institucional para pôr fim ao seu governo sem sofrer ataques de todos os tipos, enfrentando greves e ações na Justiça.
A transição para o futuro governo, seja ele de quem for, a meu ver, deve começar antes das eleições de outubro. E Rosalba Ciarlini pode dar o primeiro passo nesta direção desistindo de concorrer à reeleição e chamar todos para o diálogo.
Sem se humilhar para José
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