Alex Viana
Repórter de Política
O candidato do PSD a governador, Robinson Faria, afirmou hoje, durante evento na FIERN, que a população do Rio Grande do Norte deve avaliar a coerência política de cada candidato nessas eleições. Foi uma resposta às palavras do seu principal adversário, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, candidato do PMDB a governador. Henrique tem dito, e repetiu hoje, momentos antes de Robinson falar, que a eleição não é uma guerra de ataques pessoais.
Para Robinson, o não radicalismo é uma “postura inteligente” da classe política. “Até porque a população não espera de nenhum candidato, nem de mim, um discurso radical – isso faz parte do passado” afirmou. “Mas é importante que tenhamos nessa eleição transparência no debate político”, destacando que a sua campanha será construtiva, propositiva e de apresentação de um estudo que realizou no Estado nos últimos quatro anos percorrendo as cidades e ouvindo a população de cada região.
Apesar disso, Robinson defendeu um confronto de coerência. “É importante que a população, mesmo no ambiente de um comportamento civilizado, de elegância e de respeito, tenha uma avaliação da coerência política de cada candidato. Onde é que eles estavam nesses quatro anos? Quais foram seus aliados? Quais foram as atitudes políticas? Esse debate político vai acontecer, mas dentro de um critério de respeito. Até para respeitar o eleitor, que quer ver uma campanha civilizada, propositiva e construtiva”, afirmou Robinson.
O vice-governador acrescentou “é bom explicar à população as atitudes” dos políticos. “A população quer saber a explicação das alianças. Por que o candidato tem 20 partidos? Por que se uniu a determinados partidos? Por que estava unido a um grupo e saiu depois de passar quatro anos unido a esse grupo que entrou para governar com ele? São essas atitudes que a população irá fazer o seu julgamento”, antecipa Robinson.
ROSALBA
Instado a falar sobre receber eventual apoio da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que pretenderia se vingar do próprio partido apoiando um candidato anti-Henrique Alves, Robinson declarou: “Não existe conversa nesse sentido. O Rio Grande do Norte inteiro presenciou que eu ajudei, dei minha contribuição de todo o capital que eu tinha para a vitória em 2010. Depois eu vi que não estava dando certo a parceria, rompi. Com poucos meses de governo, entreguei todos os cargos e fui caminhar pela oposição, desbravando sozinho um caminho que ninguém queria percorrer”, afirmou.
“Fiquei sozinho na oposição, ao contrário de outros grupos, que não votaram em Rosalba, não apoiaram Rosalba e aderiram ao governo, participando e indicando cargos importantes ao governo de Rosalba Ciarlini. Portanto, isso aí é uma distinção, uma leitura que será muito clara, muito transparente no processo eleitoral”, completou o candidato.
MAIS RN
Sobre o programa Mais RN, Robinson disse estar presente na FIERN para assumir compromisso que geralmente os candidatos assumem na campanha, mas não cumprem no governo. “O que eu posso dizer como candidato a governador é que eu já assisti a vários momentos como esse, eu via FIERN preparar, ao longo de várias eleições, e infelizmente até hoje nenhum candidato que se elegeu incorporou nas suas gestões as sugestões, o plano de metas que a Federação das Indústrias e outras entidades se uniram para oferecer”, declarou.
“O que me trouxe hoje aqui não foi apenas participar de um ato, não apenas para receber um documento, o diagnóstico do Mais RN, mas para assumir um compromisso que no passado outros governadores não assumiram, de cumprir essa parceria com a FIERN e com o setor produtivo”, finalizou.
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