Presidenta Dilma garante que reforma política é prioridade em seu segundo mandato

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Em entrevista ao Jornal SBT Brasil nesta terça-feira (28), a presidenta Dilma Rousseff voltou defender a reforma política. Segundo Dilma, a realização de um plebiscito ou referendo, desde que tenha participação popular, deverá ser prioridade em seu segundo mandato, pois o tema amplamente discutido e reivindicado durante a campanha eleitoral.
“Eu quero a participação popular. Nesse processo eleitoral, eu estive com muitos movimentos, muitas representações, e eles fizeram uma coleta de assinaturas que foi muito expressiva. Eles propõem consulta popular e propõem uma Assembleia Constituinte exclusiva”, afirmou a presidenta reeleita.
Ela também falou sobre a política econômica, corrupção, homofobia, entre outros assuntos. Confira os principais trechos da entrevista concedida ao jornalista Kennedy Alencar.
Corrupção
Conforme entrevistas concedidas nesta segunda-feira (27), Dilma tornou a defender a investigação no caso da Petrobras. “Eu não trato de corrupção somente em época eleitoral. Se você mantém a impunidade você está sancionando a corrupção. Então eu quero essa investigação doa a quem doer, não deixando pedra sobre pedra”, enfatizou ela.

Crise hídrica
Dilma afirmou estar atenta à questão da crise hídrica no Estado de São Paulo e apta a ajudar o Estado. Ela contou que desde o início do ano, conversou com o governador e apontou medidas a serem tomadas, além de disponibilizar financiamento para o projeto da adutora de São Lourenço.“Nós financiamos o projeto. E agora liberamos o financiamento de R$ 1,8 bilhão para financiar a construção em si. (…) A questão em São Paulo é mais grave. Agora, você sabe que a água, pela Constituição, ela é responsabilidade dos estados e/ou municípios. No caso da cidade de São Paulo é do estado por meio da Sabesp. Então é óbvio que se o governador pedir, a hora que ele pedir, o governo federal estará pronto para ajudar”, afirmou.

Diálogo com segmentos econômicos e oposição
A presidenta afirmou querer um Brasil unitário, em que sejam respeitadas as diferenças e opiniões para o amplo debate das mudanças e reformas necessárias ao País. “Não quero uma união que torne tudo pasteurizado. Eu quero uma união que as pessoas mantenham as suas posições, as suas diferenças de opinião que possam agir de forma diversificada, não é monolítica, e que ao mesmo tempo, conversem”, avaliou.

Parceria com os Estados Unidos
Por ocasião do telefonema do presidente Barack Obama nesta tarde, Kennedy questionou sobre a relação bilateral com os EUA. Dilma afirmou que deseja inverter o déficit comercial com os Estados Unidos. “Nós temos imenso interesse em uma parceria estratégica com os EUA no que se refere à inovação, ciência e tecnologia, além de cooperação nas áreas estratégicas de defesa, tecnologia e relações comerciais”, analisou. Ela lembrou ainda do encontro com Obama na cúpula do G-20 em novembro, na Austrália, e disse estar encaminhada futura visita ao país.

Homofobia
A presidenta Dilma tornou a endossar compromisso assumido durante a eleição, com projeto que criminaliza a homofobia. Ela classificou como uma “medida civilizatória” e enfatizou que dará apoio integral à demanda. “O Brasil tem que ser contra a violência que vitima a mulher, a violência que muita vezes, de forma aberta ou escondida, também fere os negros, que é a maioria da nossa população. E também tem que ser contra a homofobia, porque isso é de fato uma barbárie”, finalizou.

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