Marco Archer Cardoso Moreira foi detido em 2004 ao tentar entrar no país com cocaína; família o visitou antes da execução

O governo da Indonésia executou o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, na tarde deste sábado (17), horário de Brasília.
Marco Archer Cardoso Moreira, 53, foi executado na madrugada de domingo (17) no horário indonésio – por volta das 15h no Brasil
Marco Archer Cardoso Moreira, 53, foi executado na madrugada de domingo (17) no horário indonésio – por volta das 15h no Brasil

Moreira era instrutor de voo livre no Brasil quando foi condenado a morte por fuzilamento em 2004, um ano após ser preso tentando entrar no aeorporto de Jacarta com 13,4 kgs de cocaína escondidos em uma asa-delta. Ele foi o primeiro brasileiro fuzilado no país do sudoeste asiático.
O brasileiro passou mais de dez anos no corredor da morte e teve dois pedidos de clemência negados. Moreira passou as últimas horas na penitenciária de Nusakambangan, na ilha de Java, onde a sentença foi executada. Antes de morrer, ele recebeu a visita de familiares.
Em uma mensagem de áudio, gravada no dia 13 de janeiro, ele fala do momento pelo qual ele passa, a poucos dias de sua execução. "É um momento muito difícil para mim. Estou ciente de que cometi um erro gravíssimo, mas eu mereço mais uma chance, pois todo mundo erra", disse.
Em outro trecho, mencionou que "Meu sonho é sair daqui e voltar ao Brasil, expor meus problemas aos jovens que estão pensando em se envolver com droga. Quero pedir perdão à minha nação e mostrar que a droga leva a dois caminhos: para a prisão ou à morte".
No final da mensagem, o brasileiro diz que vai "lutar até o fim" e que a estrela dele "vai brilhar".
Pedido de clemência
O governo indonésio não cedeu aos apelos de clemência feitos pela presidente Dilma Rousseff, que ligou para o presidente Joko Widodo na sexta-feira (16). A presidente também pediu pela vida de Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, condenado por tráfico e que tem condenação prevista para o mês que vem.
Widodo insistiu que não perdoaria as condenações à morte por delitos relacionados com o tráfico de drogas e respondeu que “não poderia comutar a sentença” uma vez que tinham sido cumpridos todos os trâmites legais.
do ultimosegundo.ig.com.br

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