A posse da presidenta Dilma em seu segundo mandato trouxe ao Brasil cerca de 70 missões estrangeiras lideradas chefes ou vice-chefes de Estado. Em razão dessas visitas, a presidenta Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta (1°) com o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e com a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova. Nesta sexta (2), os encontros foram com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, com o vice-presidente da China, Li Yuanchao, e com o presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.
Na reunião com o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, os dois líderes destacaram o interesse pelo fortalecimento das relações entre os dois países. No encontro, a presidenta expressou a satisfação do governo brasileiro com a retomada das relações diplomáticas entre EUA e Cuba, interrompidas há 55 anos. Para a presidenta, a “decisão histórica e corajosa” possui um impacto favorável sobre toda a América Latina, o que poderá ser constatado na próxima Cúpula das Américas, que acontece em abril deste ano.
Dilma e Biden reiteraram a iniciativa de Brasil e EUA dinamizarem seu comércio bilateral, além de ampliarem a cooperação nas áreas de inovação, ciência e tecnologia e educação. Os dois ainda se comprometeram com negociações que viabilizem, assim que possível, uma visita da presidenta Dilma à Casa Branca.
Para a presidenta Dilma Rousseff, as políticas públicas brasileiras voltadas às áreas de gênero e aos afrodescendentes convergem com as diretrizes de atuação da Unesco. Nesse sentido, a presidenta Dilma elogiou a decisão da entidade de priorizar, para o período de 2014 a 2021, a cooperação com o continente africano e o estímulo a igualdade de gênero no mundo, em seu encontro com Irina Bokova. Na ocasião, a presidenta manifestou o apoio do Brasil para que a Agenda Pós-2015 da ONUpriorize o papel da educação.
Na manhã desta sexta-feira (2), a presidenta Dilma destacou, em seu encontro com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a intenção de impulsionar a integração produtiva e comercial com a Venezuela. Como exemplo, a presidenta abordou as negociações entre empresas brasileiras do setor de alimentação e medicamentos e o governo venezuelano. Já o presidente Maduro reiterou o compromisso de Brasil e Venezuela de construírem juntos “um processo de industrialização com maior nível tecnológico e o maior grau de investimentos nos âmbitos bilateral e do Mercosul”.
No encontro com o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, Dilma ressaltou que Brasil e Suécia iniciam uma nova fase de cooperação baseada na transferência de tecnologia e de conhecimento, exemplificada pela compra pelo governo brasileiro de caças suecos Gripen NG. Na reunião, Dilma destacou os bons resultados da cooperação educacional entre os dois países, no âmbito doPrograma Ciência Sem Fronteiras, além de afirmar que pretende realizar uma visita ao País em 2015.
A parceria estratégica global com a China terá tratamento prioritário durante o segundo mandato da presidenta Dilma, conforme ela destacou em sua reunião com o vice-presidente chinês, Li Yuanchao. Nesse contexto, Dilma ressaltou a importância da realização em 2015 da IV Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Concertação e Cooperação (Cosban), no Brasil, bem como da II Reunião do Diálogo Estratégico Global entre Chanceleres, na China. Segunda Dilma, o lançamento, no último mês de dezembro, do satélite sino-brasileiro CBERS-04 abriu um novo capítulo na colaboração de alta tecnologia para a área aeroespacial entre os dois países.
Além disso, Dilma demonstrou satisfação com o interesse de empresas chinesas em investir em ferrovias no Brasil e considerou “promissor” o diálogo Brasil-Peru-China para a viabilização da Ferrovia Transcontinental. A Presidenta Dilma Rousseff também qualificou como positiva a escolha de Xangai como sede do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics.
Já o vice-presidente Li Yuanchao, indicou a disposição da China em ampliar as importações de produtos manufaturados do Brasil e comprometeu-se em agilizar o processo de normalização para exportações de carne brasileira para a China. Informou também a conclusão dos estudos para a liberação das importações chinesas de milho brasileiro.
A presidenta Dilma concluiu as reuniões bilaterais previstas para essa semana encontrando-se com o presidente de Guiné-Bissau, José Mário Vaz. Na ocasião, Dilma reiterou seu discurso de posse de manter a África como uma das prioridades de sua política externa. Ela ainda expressou sua satisfação com o fortalecimento da democracia de Guiné-Bissau, após as eleições do ano passado. Já o presidente Mário Vaz, solicitou a cooperação tecnológica do Brasil para a produção de arroz, tendo como foco o combate à fome e à pobreza em seu País. Com esse objetivo, a presidenta comprometeu-se a instruir o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Embrapa a definirem modalidades de cooperação com o País africano.
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