O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, disse que a Petrobras que temos atualmente “é muito melhor que aquela empresa deixada pelo governo tucano em 2002”. A afirmação foi feita na noite desta segunda, 9, no auditório do Sindicato dos Professores (Sinte-RN), durante o evento “Debatendo a Petrobras e a Conjuntura Política da Operação Lava Jato”.
O debate contou com a participação do deputado Estadual Fernando Mineiro (PT), do suplente de senador Jean Paul Prates, do representante do CTGAS-ER Paulo Henrique Macedo e de representantes da CUT e da CTB.
José Maria destacou que o valor de mercado da Petrobras passou de US$ 15,5 bilhões de dólares em 2002 para US$ 104,9 bilhões em 2014 – seis vezes mais. Além disso, ressaltou que as maiores descobertas de petróleo do mundo nos últimos anos se deu no Brasil.
Ele destacou, ainda, que o ex-presidente Lula foi eleito em 2002 dizendo que a indústria do petróleo poderia gerar riqueza, desenvolvimento e empregos para os brasileiros. “É isso que vivenciamos hoje, que tanto incomoda os setores conservadores do país”, comentou.
Para José Maria Rangel, o que está em jogo é a capacidade da Petrobras de “transformar as riquezas do petróleo em benefícios para o povo” e a manutenção do modelo de partilha do pré-sal, criado pelo ex-presidente Lula em 2010, que garante à empresa o controle de todas as áreas de exploração.
José Maria disse que “temos grandes problemas a enfrentar”, sendo o maior deles o fechamento do balanço fiscal da Petrobras. O outro, segundo ele, é saber como a empresa vai conseguir dinheiro para financiar seus projetos.
“O governo tem que financiar a Petrobras, porque a empresa não pode reduzir os seus investimentos”, ponderou.
Conjuntura
O coordenador-geral da FUP disse que o momento político que estamos vivenciando é “grave”. Na opinião dele, “as forças reacionárias que davam como certa a vitória nas eleições do ano passado tentam, agora, travar a disputa pelo terceiro turno de forma muito mesquinha”.
José Maria chamou a atenção para o fato de “estarmos vivendo uma inversão de valores”. “A Constituição diz que todo cidadão é inocente até que se prove o contrário, mas hoje parece que todos são culpados até que se prove o contrário. Uma parcela da população acredita nisso”, refletiu.
Ele frisou que os dois principais envolvidos no esquema de pagamento de propinas da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, “não são quadros dos partidos de esquerda”, mas sim “antigos operadores que agiam desde o governo tucano”.
José Maria encerrou convocando os brasileiros, em especial os potiguares, a participarem do ato em defesa da Petrobras, da democracia e da reforma política na próxima sexta.
“No dia 13, quem acredita nesse país não pode ficar em casa, porque o que está em jogo é a democracia”, declarou.
Fonte: Ascom Mineiro
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