FLÁVIO DINO: “ESQUERDA DEVE OLHAR MENOS PARA TRÁS E MAIS PARA FRENTE”

"A guinada do eleitorado mais para a direita derivou da profunda crise econômica, que dizimou empregos e a perspectiva de progresso social. Não teremos no Brasil, contudo, uma 'onda conservadora' duradoura. Por várias razões. Uma delas que isso fortaleceria a desigualdade, já absurda", disse o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), nesta segunda-feira, 31; ele defendeu a união das esquerdas sob um novo projeto, que reúna, "desenvolvimento" e garantia dos "direitos"; "A esquerda deve olhar menos para trás e mais para frente"; Dino apresentou como saída um "novo programa sustentado por uma frente ampla", que volte a atrair a atenção do eleitor médio, que rapidamente "vai se desiludir com certas coisas esquisitas"; para Dino, o PT continua a ser "expressivo" e que o pregado "fim do PT" não é coerente, "é mais torcida ou ódio do que realidade"

Portal Vermelho - Diante do resultado eleitoral deste domingo (30), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) reafirmou, na manhã desta segunda-feira (31), a necessidade da esquerda de revisar o seu conteúdo programático e elaborar um projeto que una as forças progressistas, populares e democráticas em torno de um "projeto sustentando por uma frente ampla".
Segundo Flávio Dino, com esse resultado eleitoral, a “esquerda deve fazer rápido duas revisões: uma programática e outra orgânica. Desenvolvimento e direitos devem ser os eixos de novo Programa”, salientou.

"Candidatos esquisitos e absenteísmo"
O governador lamentou os resultados eleitorais, principalmente nas grandes cidades, como o grande número de abstenções, nulos e brancos e destacou ainda a eleição de pessoas incomuns à política. Para ele, “mais uma vez o partido vitorioso foi o da ‘antipolítica’, representada por candidatos esquisitos e pelo absenteísmo bastante expressivo”.

“A guinada do eleitorado mais para a direita derivou da profunda crise econômica, que dizimou empregos e a perspectiva de progresso social. Não teremos no Brasil, contudo, uma 'onda conservadora' duradoura. Por várias razões. Uma delas que isso fortaleceria a desigualdade, já absurda”.

Flávio Dino admitiu que o PT teve importante derrota em todo o Brasil, mas “continua a ser muito expressivo”. Para ele, o discurso do "fim do PT" não é coerente, “é mais torcida ou ódio do que realidade”.

“Emerge das urnas uma esquerda mais plural e multifacetada. Isso é positivo pois impele ao diálogo, e não a exclusivismos”, ressaltou.

“A esquerda deve olhar menos para trás e mais para frente”, criticou o governador comunista e apresentou como saída um “novo programa sustentado por uma frente ampla”. “Penso ser esse o caminho. Frente ampla em que volte a atrair a atenção do "eleitor médio", que rapidamente vai se desiludir com certas coisas esquisitas", destacou.

Vitórias

Flávio Dino comemorou pelas redes sociais as vitórias dos candidatos do PCdoB neste segundo turno. Ele parabenizou os candidatos, Edvaldo Nogueira, que venceu o segundo turno em Aracaju e o vice do PCdoB em São Luis, capital do Maranhão, Júlio Pinheiro. Abaixo mensagem publicada por ele ainda na noite deste domingo (30).

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