No Uruguai, Dilma será declarada cidadã ilustre

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São Paulo – A ex-presidenta Dilma Rousseff participou hoje (4) da Jornada Continental Contra o Neoliberalismo e em Defesa da Democracia, em Montevidéu, organizada pela central sindical PIT-CNT. “Querem reverter todas as nossas conquistas sociais. Me preocupa muito que esse seja um processo que tenha característica continental”, disse em seu discurso na Praça Libertad, no centro da capital uruguaia, para mais de 10 mil pessoas.

O movimento que culminou na Jornada de hoje foi lançado no dia 8 de julho durante o Fórum Social Mundial das Migrações, em São Paulo. Estão reunidos movimentos sociais e organizações sindicais de diversas partes do mundo, em especial da América Latina. Além do compromisso, Dilma ainda deve se reunir com o vice-presidente do Uruguai, Raúl Sendic, na sede de seu partido, na coalizão Frente Ampla.

A ex-presidenta ainda será declarada cidadã ilustre de Montevidéu pelo prefeito Daniel Martínez. De acordo com a organização da Jornada, o objetivo das mobilizações é “o enfrentamento às transnacionais e ao livre comércio, a defesa da democracia e da integração dos povos, que estão diretamente conectados com a resistência do povo brasileiro ao golpe, aos retrocessos e aos ataques aos direitos. Por isso, a Jornada é um processo que é parte da resistência”.

Também faz parte das mobilizações um ato que está sendo realizado nesta sexta-feira em frente à Câmara Municipal de São Paulo. Para a organização de movimentos sociais internacionais Jubileo Sur Americas, os atos fazem parte “da necessidade de reconhecer o contexto de complexidades que a região atravessa (…) Somamos uma aposta conjunta que reconhece a necessidade de construir processos compartilhados onde a voz do povo seja protagonista denunciando e desafiando os avanços do poder do capital sobre nossos territórios”.

Em seu discurso, Dilma ainda ressaltou a importância de reconhecer os avanços dos governos populares progressistas do continente nos últimos anos. Visão compartilhada pelo Jubileo Sur Americas. “É importante perceber as vitórias que conseguimos através de lutas coletivas, mas precisamos aprofundar os processos de resistência ao modelo acumulador, espoliador, reconhecendo que o capital financeiro tem múltiplas faces e formas de recrudescimento. Devemos rechaçar este modelo depredatório.”

da RBA

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