A senadora Fátima Bezerra se disse indignada com as iniciativas do presidente da República, Michel Temer, para se “salvar” da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A Câmara analisa esta semana o pedido de autorização para Temer ser investigado pelo crime de corrupção passiva, em razão das denúncias decorrentes da delação de Joesley Batista, do grupo J&F.
“Temer tem transformado o Palácio do Planalto e o Jaburu em um balcão de negócios; são negociatas atrás de negociatas, usando de forma espúria e seletiva o Orçamento público. Ou seja: comprando os votos dos deputados em troca de liberação de emendas, cargos e favores. Apenas em junho, segundo a ONG Contas Abertas, foram liberados mais de R$ 2 bilhões em emendas”, disse.
Para Fátima, com o arquivamento ou não da denúncia, a oposição vai continuar na luta. “Temos clareza que só com muita mobilização, com jornadas e mais jornadas de lutas e de mobilização é que nós vamos conseguir interditar esse Governo ilegítimo que aí está e que vem infelicitando tanto o povo brasileiro”, salientou.
Cortes
Fátima lembrou que os recentes cortes orçamentários divulgados pelo governo vão prejudicar fortemente o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Ela citou o exemplo do Rio Grande do Norte, onde mais de 800 obras estão em risco, todas essenciais para a população, como a duplicação da Reta Tabajara, a finalização da barragem de Oiticica e a continuidade do programa Água para todos, que vai levar segurança hídrica para cerca de 4.500 famílias. “Enquanto falta dinheiro para garantir o funcionamento das universidades, para garantir os investimentos no PAC, para fazer com que o Brasil não desça ladeira abaixo para voltar ao chamado Mapa da Fome, o governo tem escancarado os cofres públicos para comprar o voto dos Parlamentares a fim de salvar o próprio pescoço”, criticou.
No campo da educação, Fátima informou que os cortes ameaçam o funcionamento da maioria das universidades públicas. “Está faltando dinheiro para pagar luz, para pagar água, sem contar a questão dos investimentos, que já existem no contexto das universidades públicas do nosso País”, afirmou.
Fátima destacou que, quando apresentou a PEC dos Gastos, o governo justificou a medida dizendo que evitaria o aumento de impostos. “Agora eles anunciam aumento de impostos logo na gasolina, ignorando os impactos que isso têm no frete, no preço dos alimentos etc”, lamentou.
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