Não há mais dúvida que Lula poderá aparecer no horário gratuito na TV e no rádio até ao menos 17 de setembro. Os prazos da novela "impugnação" começaram a correr. O TSE definiu que a defesa de Lula terá, a partir de hoje, sete dias para rebater as 16 notificações de impugnação da candidatura. Depois, serão mais quatro dias para ouvir testemunhas. Mais cinco para coleta de provas. E mais cinco para as alegações finais dos acusadores.
Depois das alegações finais o relator, Luis Roberto Barroso, poderá dar a sua sentença ou levar o caso ao plenário do TSE. Aí estaremos em torno de 14 de setembro. Contra a decisão caberá novo recurso. Três dias depois será o último dia para troca de candidatos. Ou o nome de Lula entra na urna eletrônica e fica até o fim, seja qual for o desfecho da novela, ou entra Haddad em seu lugar.
A carta na manga da defesa de Lula é o artigo 25 da Lei da Ficha Limpa. Prevê que a inelegibilidade poderá ser suspensa se o colegiado do TSE entender, por maioria, que é plausível que a defesa ganhe a causa nas instâncias superiores. O artigo afirma que o candidato pode seguir em frente até se esgotarem os recursos. Mas se perder a batalha final, mesmo se for eleito, seus votos serão anulados e o diploma cassado. E passam então ao segundo turno o segundo e o terceiro colocados.
Lula e Haddad vão aparecer juntos em rede nacional de TV e rádio em sete programas eleitorais de 2 minutos e meio, num total de 17 minutos e meio e em 68 spots de 30 segundos nos intervalos comerciais ou 34 minutos. É tempo suficiente para Lula aumentar ainda mais a sua diferença sobre os demais candidatos e praticamente encaminhar a vitória no primeiro turno. Seja com ele ou Haddad na cabeça de chapa.
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