Robinson e Fábio Faria se preparam para abandonar Bolsonaro e apoiar Lula

 

Robinson, Kassab e Fábio - Foto: Reprodução


Ex-governador do Rio Grande do Norte, e agora deputado federal eleito, Robinson Faria (PL), pai do atual ministro das Comunicações, Fábio Faria, deverá ser uma das primeiras baixas do bolsonarismo no Rio Grande do Norte a partir de janeiro do ano que vem, com a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Presidência da República.

Considerado governista de carteirinha, Robinson, que sempre gostou mais das benesses do poder do que da escassez da oposição, já estaria articulando nova filiação partidária, desta feita ao partido do ex-ministro Gilberto Kassab, o PSD, legenda que deverá aderir ao lulismo a partir do ano que vem

O PSD, aliás, já foi comandado por Robinson em terras potiguares, mas se encontra hoje sob a batuta da família Jácome, cujo principal expoente é o vereador de Natal e futuro presidente da Câmara de Vereadores, Eriko Jácome, sobrinho do ex-deputado federal Antônio Jácome.

Tanto Antônio Jácome quanto seu filho, Jacó Jácome, disputaram as eleições neste ano, mas não conseguiram se eleger – Antônio para a Câmara Federal e Jacó para a Assembleia Legislativa. A derrota de Antônio abriu espaço para que Robinson, agora como deputado federal, buscasse o controle da legenda.

Nesta quarta, Robinson e Fábio tiveram um encontro com Kassab em Brasília, dando margem às especulações de que Robinson e Fábio preparam o desembarque do bolsonarismo a partir de janeiro de 2023. Cada qual com seu motivo.

No caso de Fábio, trata-se de sobrevivência empresarial a partir do ano que vem. Casado com Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, Fábio vinha assumindo gradualmente força nas decisões envolvendo o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Com Bolsonaro forte e com segundo mandato em vista, Fábio tratou de colocar o SBT na vanguarda do bolsonarismo nacional. Com a vitória de Lula, porém, Fábio e o SBT terão agora que dar um giro de 180 graus, para não perder verba publicitária, o que tem feito o genro de Silvio Santos já ir se afastando gradualmente do até então líder da extrema direita nacional.

No caso de Robinson Faria, a motivação é também pragmática. Robinson sabe que sobreviver no Legislativo como oposição é uma tarefa árida, já que pouco consegue em verba para alimentar bases eleitorais. Daí, deixar de ser Bolsonaro desde criancinha para se tornar lulista de carteirinha seria um pulo. A reportagem tentou contato com Robinson e Fábio, mas nenhum dos dois atendeu ou retornou.

agorarn

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