Primeiro dia de desfiles no Rio promete emocionar e divertir a Sapucaí


Afetada por incêndio na Cidade do Samba, Portela é uma das atrações

Do R7
Fernando Souza/Agência O Dia
Fernando Souza/Agência O Dia
Público gritou 'é campeã' durante o desfile da Viradouro na Sapucaí

 
Emoção e irreverência são os ingredientes que devem temperar o primeiro dia desfile das escolas de samba do grupo especial do Carnaval do Rio de Janeiro neste domingo (6). Recordista de títulos, mas com um jejum que já dura 27 anos, a Portela, uma das agremiações atingidas pelo incêndio na Cidade do Samba, desfila sem ser julgada devido à mudança no regulamento deste ano.
Com o enredo Rio, Azul da Cor do Mar, a agremiação vai mostrar as aventuras e as descobertas dos grandes navegadores e homenagear os cem anos do porto do Rio. Outra escola tradicional que promete deixar o público com lágrimas nos olhos é a Mangueira, que leva para a avenida o enredo O filho fiel, sempre Mangueira, sobre os cem anos do sambista Nelson Cavaquinho. Cartola e Dona Zica marcam presença em esculturas gigantes.
A irreverência fica por conta da Vila Isabel, que pretende divertir o público com Mitos e história entrelaçadas pelos fios de cabelo. Em todas as 32 alas, os componentes usarão 4.000 perucas para mostrar a diversidade dos cabelos na avenida. A Imperatriz adverte: sambar faz bem à saúde, enredo da Imperatriz Leopoldinense, vai mostrar a história da medicina, desde os curandeiros da África até as enfermidades atuais, como a gripe suína. Tudo com muito bom humor.
Quem abre os desfiles, às 21h, é a São Clemente, que vem com o enredo O meu, o seu, o nosso Rio, abençoado por Deus e bonito por natureza. A escola, que volta ao grupo especial, aposta nas belezas naturais do Rio de Janeiro para permanecer na elite do Carnaval. Porém, a agremiação da zona sul carioca não deixará de abordar a interferência humana e os problemas urbanos da cidade.
Já a Unidos da Tijuca está na briga pelo bicampeonato. Com o enredo Esta noite levarei sua alma, a escola do Borel brinca com o medo representado nos filmes de cinema. Um dos destaques do desfile será José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão, que virá na última alegoria. Agrande expectativa fica por conta do carnavalesco Paulo Barros, sempre inovador.
As escolas que estão na disputa têm entre 2.500 e 4.000 componentes, entre cinco e oito alegorias, 70 baianas e devem se apresentar entre 65 e 82 minutos. Os 50 jurados podem dar notas entre oito e dez.
Neste sábado, as escolas do grupo de acesso A também passaram pela Marquês de Sapucaí de olho em uma vaga no grupo especial em 2012. As favoritas ao título foram Viradouro e Cubango, ambas de Niterói, na região metropolitana do Rio, e Rocinha, da zona sul do Rio.
Rebaixada do Grupo Especial em 2010, a Viradouro apresentou o enredo Quem sou eu, sem você. Terceira escola a desfilar, a agremiação entrou na Marquês de Sapucaí por volta das 22h26 de sábado e teve um problema no carro abre-alas. Em razão de um pequeno curto-circuito, os bombeiros desligaram o letreiro luminoso com o nome da escola. O público, no entanto, se animou e a escola saiu aos gritos de 'é campeã'.
Uma explosão de sentimentos! Essa é a missão que Acadêmicos do Cubango cumpriu com os aplausos do público da Marquês da Sapucaí. A escola de Niterói apostou no enredo A emoção está no ar, do carnavalesco Jaime Cezário.
A Acadêmicos da Rocinha apostou em um desfile técnico recheado com alas coreografadas e esculturas humanas cinco carros alegóricos para voltara para elite do Carnaval carioca. Com o enredo Rocinha! Estou vidrado em você, do carnavalesco Luiz Carlos Bruno, a escola da zona sul mostrou a utilização do vidro ao longo da história.

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