NOVA SECRETARIA-GERAL DA UNASUL INICIA ATIVIDADES AINDA NESTA SEMANA

QUITO, 15 JUN (ANSA) - A nova secretária-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), María Emma Mejía, dará início ao seu mandato nesta quinta-feira com a assinatura do acordo para que a sede permanente do órgão comece a funcionar em Quito, capital do Equador, informou a Chancelaria do país. 
   
Para Mejía, ex-chanceler da Colômbia, que ocupará a secretaria até maio de 2012, o início das atividades nesta sede significa "um importante passo na construção da institucionalidade da Unasul". 
   
Segundo a Chancelaria, o documento "é um marco na história desse organismo de integração sub-regional que agora, pela primeira vez, conta com uma sede permanente na cidade de Quito". 
   
Durante a construção do prédio, previsto para ficar pronto no final do próximo ano, o governo do Equador colocou à disposição da organização uma casa patrimonial, onde funcionava a academia diplomática. 
   
O tratado constitutivo da Unasul entrou em vigor em 11 de março, um mês depois da ratificação da carta pelo Uruguai, que se tornou o nono país, dos 12 Estados-membros, a aprová-lo. O documento ainda aguarda a sanção do Paraguai, da Colômbia e do Brasil. 
   
Ontem, a Câmara dos Deputados do Paraguai adiou, sem data prevista, a avaliação da carta constitutiva. Um dos argumentos, defendido pelo deputado do Partido Pátria Querida, Carlos Soler, é a necessidade de um tempo maior para estudar o projeto. 
   
Soler também questionou se a Unasul não seria um projeto do presidente venezuelano, Hugo Chávez, para debilitar a Organização de Estados Americanos (OEA). Segundo ele, Chávez "não respeita os direitos humanos, a propriedade privada nem as liberdades de expressão e de imprensa". O Paraguai também tem barrado a entrada da Venezuela no Mercosul. 
   
Além disso, o deputado pediu que seu país se concentre no Mercosul ao invés de apoiar a criação de uma nova entidade internacional, já que o país sofre muitos obstáculos comerciais dentro do bloco. 
   
O tratado e, consequentemente, o ingresso legal do país na organização, no entanto, já tinha sido aprovado, na semana passada, no Senado paraguaio, por 26 votos a 11. 
   
No Brasil, a tramitação segue praticamente o mesmo percurso. Enquanto a Câmara dos Deputados aprovou a carta constitutiva, no fim de maio, o Senado ainda não discutiu o assunto. Uma das principais pontos de discordância diz respeito ao possível enfraquecimento do Mercosul. (ANSA) 
15/06/2011
Fonte:ansa latina.com

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