Sara Vasconcelos - Repórter
Centenas de fiéis acompanharam a missa em celebração aos 50 anos da Campanha da Fraternidade, realizada na Igreja Nossa Senhora do Ó, em Nísia Floresta, distante 37 quilômetros de Natal. A celebração foi feita pelo bispo de Guarabira (PB), Dom Francisco Lucena, coordenador da Campanha da Fraternidade na Regional Nordeste II.
O religioso destacou o papel da Igreja de acolher a juventude e fazer que "neste período de penintência, que é a Quaresma, os fiéis assumam suas responsabilidades na manutenção da fé e das obras de evangelização". Jovens de todo país que estão em Natal para participar do Seminário em Preparação a Jornada da Juventude participaram da celeberação, além dos 21 bispos da Regional Nordeste II, formada pelos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
O celebrante disse à TRIBUNA DO NORTE que, embora a Igreja atravesse um momento de tristeza, com a renúncia do papa Bento XVI, a Campanha da Fraternidade mantém a força de agregar fiéis para discutir temas relevantes à sociedade. Este ano, a Campanha da Fraternidade tem como tema Juventude e Fraternidade e serve também como "um núncio para a Jornada da Juventude que acontece em julho, no Rio de Janeiro".
Alex RégisPrimeira experiência da Campanha da Fraternidade aconteceu em 1962 em Nísia Floresta
Entre os participantes está o professor Otto Santana, que na época da primeira experiência da Campanha da Fraternidade no país, realizada em 1962, no Distrito de Timbó, era o pároco em Nisia Floresta e hoje é casado. O padre casado, como é a denominação, lembra que o Distrito foi escolhido devido a organização da comunidade e destaca as mudanças promovidas pela Campanha da Fraternidade. "É preciso uma entidade ter muita força para mobilizar a sociedade para discutir , há 50 anos, assuntos difíceis, polêmicos, e trazer a reflexão e a ação', disse Otto Santana. "Não adianta só rezar dentro da Igreja, a fé é vivida fora dela também, no dia a dia", acrescentou.
Casa será reaberta
Após a missa, aconteceu a reinauguração da Casa das irmãs da Ordem de Jesus Crucificado. A Casa foi fundada em 1962, por iniciativa de Dom Heitor de Araújo Sales.
"Foi uma experiência revolucionária da Igreja em fazer com que irmãs-vigárias, mulheres religiosas assumissem a paroquia, na década de 1960", lembrou Otto Santana.
Quatro religiosas, entre elas a irmã Neuza Moreira, de 79 anos, que trabalharam há 50 anos no local, participam das festividades. As irmãs introduziram a Marcha da Fraternidade à Campanha da Fraternidade.
A reinauguração contará com a presença do secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB e bispo auxiliar de Brasília, Dom Leonardo Ulrich Steiner; do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, e bispo auxiliar de Campo Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro; do secretário executivo da Campanha da Fraternidade, o padre paulista Luiz Carlos Barros, que foram à cidade, junto com a governadora Rosalba Ciarlini.
da TN
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