Discussão evidencia racha no América

Diposto a não prorrogar mandato, Alex Padang indicou candidato a sua sucessão e abriu uma crise política entre os conselheiros
O presidente do América. Alex Padang, classificou a discussão que teve com o ex-presidente Eduardo Rocha, num restaurante da cidade na madrugada do último domingo, como um desentendimento político. Ele disse ter dado pouca importância ao fato, que apontou como corriqueiro em qualquer grande clube do futebol nacional e estranha a grande repercussão que vem sendo dada a questão. “Minhas divergências com Eduardo são restritas ao campo político. A relação pode até ter ficado arranhada, mas para mim o caso acabou dentro do próprio restaurante. Não guardo mágoa e não acredito que o caso possa interferir de forma negativa dentro do clube”, ressaltou o dirigente.
O presidente do conselho deliberativo do clube, José Rocha, revelou que a situação está sendo resolvida e que o estatuto do clube não prevê punição para este tipo de caso. “Essa questão não é de grande relevância e não vai provocar dano algum ao conselho do clube. Estou certo que essa situação será contornada da melhor maneira possível”, salientou José Rocha.

Deixando claro que não deseja falar do episódio, Padang reforçou que o surgimento de divergências  costumam sempre ser salutar ao América, pois são dois tipos de correntes expondo propostas e discutindo o que seria melhor para o futuro do clube. Politicamente, o presidente em exercício acredita que o nome Eliel Tavares é o melhor para o alvirrubro. “Eliel vem realizando um excelente trabalho dentro do conselho fiscal, é jovem, tem competência e dispõe de tempo para cuidar das coisas do América, fator primordial para quem deseja ser presidente de algum clube hoje”, afirmou Alex Padang.

Assim como José Rocha, Jussier Santos — considerado um dos cardeais americanos — acredita que houve precipitação do presidente em apressar a deflagração do pleito eleitoral. Isso acabou acirrando os ânimos dos conselheiros, que fazem parte do conselho consultivo do clube (formado pelos ex-presidentes), que  sequer chegou a ser indagado sobre o tema.

“O que menos o América precisa neste momento é ser afetado por um clima eleitoral. Minha opinião é que a eleição, que estatutariamente está prevista para segunda quinzena de agosto, seja adiada para dezembro”, afirmou Jussier. O ex-presidente chama a atenção para o fato de que toda a atenção do clube deve ficar voltada para permanência na série B. “Temos de lutar muito para que isso ocorra e não podemos dividir o foco. Serão duas situações bem distintas. Uma com o América na segunda divisão e outra com o América rebaixado. Apenas depois disso poderemos escolher, em consenso, o melhor nome para dirigir o clube”, disse Jussier Santos.
da TN

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