Andrielle Mendes - Repórter/TN Online
A revisão do projeto executivo de engenharia para a via de acesso norte ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante deve ser concluída em 30 dias. O prazo foi fixado ontem pelo diretor do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), Demétrio Torres. O órgão, que é vinculado ao governo do estado, confirmou na sexta-feira (30) que o projeto deveria passar por uma revisão.
A revisão do projeto executivo de engenharia para a via de acesso norte ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante deve ser concluída em 30 dias. O prazo foi fixado ontem pelo diretor do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), Demétrio Torres. O órgão, que é vinculado ao governo do estado, confirmou na sexta-feira (30) que o projeto deveria passar por uma revisão.
A alteração seria necessária porque o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) detectou uma área de três hectares de mata atlântica no meio do percurso. O bioma é protegido pela Lei da Mata Atlântica, segundo o Idema. O governo do estado teria sido informado sobre o problema desde 2012.
A licitação para contratação da empresa que revisará, adequará e detalhará o projeto do acesso, foi publicada na última quinta-feira no Diário Oficial do Estado - três anos após o governo ter assinado o contrato para construção dos acessos.
Ontem, a reportagem procurou o DER por meio da assessoria de imprensa, mas foi informada de que o diretor do órgão e único porta-voz indicado para tratar do assunto não poderia conceder entrevista nem pessoalmente nem por telefone, para dizer se a empresa que revisará o projeto já foi contratada e quando iniciará a revisão. No início da noite, Torres atendeu, mas disse que não daria entrevista por telefone.
Obra
A necessidade de revisão do projeto pode provocar atraso no cronograma, mas não impediu a realização de obras até o momento, diz a EIT Engenharia, responsável pela construção dos acessos. A empresa voltou a trabalhar ontem na obra. Os serviços, que agora se concentram em dois pontos do acesso norte, chegaram a ser interrompidos por dois dias, em função das chuvas.
A empreiteira, que assumiu o projeto em agosto deste ano, após a desistência da Queiroz Galvão, disse ter recebido autorização para desmatar o trecho de mata atlântica detectado pelo Idema, mas não soube informar de que órgão partiu a autorização. Segundo Dorian Carlos, diretor regional da EIT Engenharia, máquinas começarão a trabalhar no trecho – que fica a poucos metros do canteiro de obras - ainda esta semana.
Segundo Jamir Fernandes, diretor geral do Idema, a autorização não partiu do órgão nem poderia ter partido da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de São Gonçalo do Amarante, que não tem autonomia para fazer isso.
A Secretaria de São Gonçalo foi contatada, para confirmar se havia liberado o desmatamento mesmo sem o aval do Idema, mas o secretário Hélio Duarte se negou a falar com a equipe de reportagem. A TRIBUNA DO NORTE também ligou inúmeras vezes para o assessor de imprensa do Município, para checar a informação, mas ele não atendeu as ligações.
O Idema, segundo Jamir, definirá amanhã se autorizará o desmatamento do trecho de mata atlântica ou se permitirá que a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de São Gonçalo realize um desvio e altere o percurso. “Pode-se desmatar mata atlântica, se for para uma atividade de interesse público-social, como no caso de uma estrada. Agora se há uma alternativa, o ideal é que não se desmate o bioma”, afirmou Jamir.
Acesso sul ainda não começou a ser construído
O acesso norte não é o único que está atrasado. O acesso sul, que passará por Macaíba, ainda não começou sequer a ser terraplenado. Segundo a EIT, falta a licença para iniciar a obra. O Idema, por sua vez, diz que já liberou a licença em nome do DER. “A licença foi liberada. Só não me recordo quando. Agora se o DER não autorizou a EIT, tem que confirmar isso com o DER”, afirmou Jamir Fernandes, diretor geral do Idema.
Além de terraplenar e construir a estrada, a empreiteira ainda terá que construir uma ponte – sobre o Rio Potengi - no percurso. A construção do equipamento, segundo a EIT, não comprometerá o prazo de conclusão, porém.
Os entraves que rondam os acessos são alvo de preocupação do consórcio, das companhias aéreas, e da Secretaria Nacional de Aviação Civil. O receio de todos eles é que o aeroporto, que deve começar a operar em abril de 2014, fique ilhado. Os acessos ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante totalizarão 33,27 quilômetros em pista dupla e estão orçados em R$ 73 milhões.
A licitação para contratação da empresa que revisará, adequará e detalhará o projeto do acesso, foi publicada na última quinta-feira no Diário Oficial do Estado - três anos após o governo ter assinado o contrato para construção dos acessos.
Ontem, a reportagem procurou o DER por meio da assessoria de imprensa, mas foi informada de que o diretor do órgão e único porta-voz indicado para tratar do assunto não poderia conceder entrevista nem pessoalmente nem por telefone, para dizer se a empresa que revisará o projeto já foi contratada e quando iniciará a revisão. No início da noite, Torres atendeu, mas disse que não daria entrevista por telefone.
Obra
A necessidade de revisão do projeto pode provocar atraso no cronograma, mas não impediu a realização de obras até o momento, diz a EIT Engenharia, responsável pela construção dos acessos. A empresa voltou a trabalhar ontem na obra. Os serviços, que agora se concentram em dois pontos do acesso norte, chegaram a ser interrompidos por dois dias, em função das chuvas.
A empreiteira, que assumiu o projeto em agosto deste ano, após a desistência da Queiroz Galvão, disse ter recebido autorização para desmatar o trecho de mata atlântica detectado pelo Idema, mas não soube informar de que órgão partiu a autorização. Segundo Dorian Carlos, diretor regional da EIT Engenharia, máquinas começarão a trabalhar no trecho – que fica a poucos metros do canteiro de obras - ainda esta semana.
Segundo Jamir Fernandes, diretor geral do Idema, a autorização não partiu do órgão nem poderia ter partido da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de São Gonçalo do Amarante, que não tem autonomia para fazer isso.
A Secretaria de São Gonçalo foi contatada, para confirmar se havia liberado o desmatamento mesmo sem o aval do Idema, mas o secretário Hélio Duarte se negou a falar com a equipe de reportagem. A TRIBUNA DO NORTE também ligou inúmeras vezes para o assessor de imprensa do Município, para checar a informação, mas ele não atendeu as ligações.
O Idema, segundo Jamir, definirá amanhã se autorizará o desmatamento do trecho de mata atlântica ou se permitirá que a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de São Gonçalo realize um desvio e altere o percurso. “Pode-se desmatar mata atlântica, se for para uma atividade de interesse público-social, como no caso de uma estrada. Agora se há uma alternativa, o ideal é que não se desmate o bioma”, afirmou Jamir.
Acesso sul ainda não começou a ser construído
O acesso norte não é o único que está atrasado. O acesso sul, que passará por Macaíba, ainda não começou sequer a ser terraplenado. Segundo a EIT, falta a licença para iniciar a obra. O Idema, por sua vez, diz que já liberou a licença em nome do DER. “A licença foi liberada. Só não me recordo quando. Agora se o DER não autorizou a EIT, tem que confirmar isso com o DER”, afirmou Jamir Fernandes, diretor geral do Idema.
Além de terraplenar e construir a estrada, a empreiteira ainda terá que construir uma ponte – sobre o Rio Potengi - no percurso. A construção do equipamento, segundo a EIT, não comprometerá o prazo de conclusão, porém.
Os entraves que rondam os acessos são alvo de preocupação do consórcio, das companhias aéreas, e da Secretaria Nacional de Aviação Civil. O receio de todos eles é que o aeroporto, que deve começar a operar em abril de 2014, fique ilhado. Os acessos ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante totalizarão 33,27 quilômetros em pista dupla e estão orçados em R$ 73 milhões.
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