
A política em Mossoró sempre foi marcada pela paixão e pelo radicalismo. Quem acompanha as eleições na cidade sabe o que eu estou dizendo.
A ascensão da médica Rosalba Ciarlini ao comando do Executivo estadual exacerbou mais ainda os ânimos dos políticos da cidade. Esta é a minha impressão.
Rosalba não é uma política qualquer. Ela é casada com o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, filho do ex-governador Dix-Sept Rosado, um dos caciques da política potiguar.
O modo de Rosalba fazer política é singular. Ela não esconde de ninguém que o marido exerce forte influência na sua gestão. E isto é evidente desde o primeiro mandato como prefeita de Mossoró. Carlos Augusto manda. Ponto final.
E como chefe político da segunda maior cidade do Estado, Carlos Augusto não gosta de perder eleição em Mossoró.
Resultado: na última eleição municipal, o marido da governadora tratou o pleito como uma questão de honra. Não admitia perder. Rosalba e Carlos Augusto despejaram todo o poderio político e econômico para manter o comando do município nas mãos de políticos do grupo.
A oposição, encabeçada pelo grupo da deputada federal Sandra Rosado e da deputada estadual Larissa Rosado, também fez o que pode para vencer a turma da governadora.
Hoje, Mossoró se depara com a cassação de três figuras influentes da política local: a prefeita Cláudia Regina, a governadora (que governa por meio de liminar do TSE) e a deputada Larissa Rosado.
Isso gera intranquilidade e instabilidade nas instituições públicas. Mossoró não merece isso.
Em fevereiro, os eleitores do município voltarão às urnas para escolher um novo prefeito. No mesmo ano que votarão também para escolher um novo governador ou dar novamente um voto de confiança a Rosalba, se ela conseguir resolver seus problemas com a Justiça Eleitoral.
2014 deve ser um ano de muito radicalismo na política mossoroense.
Portanto, além de um Feliz Natal, eu desejo aos mossoroenses uma Feliz Mossoró!
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