O vice-governador e pré-candidato do PSD ao governo do Estado, Robinson Faria, disse ontem esperar contar com o apoio do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), na disputa pelo governo do Estado nas eleições deste ano. Com aliança com o PT prestes a ser confirmada, Robinson concedeu entrevista nesta quarta-feira ao Jornal das Seis, na qual pontuou o desejo do apoio do PDT ao seu palanque.
Segundo Robinson, o apoio do PDT e do prefeito de Natal ao palanque formado por PT e PSD seria “uma questão de coerência”, devido PSD e PT terem sido decisivos na campanha passada para prefeito de Natal, quando Carlos Eduardo teve que enfrentar, no primeiro e no segundo turno, o PMDB dos primos Henrique Eduardo e Garibaldi Filho, que apoiaram a candidatura do deputado estadual Hermano Morais (PMDB).
“Carlos Eduardo estaria sendo coerente, retribuindo o apoio que recebeu em 2012 do nosso PSD e do PT, que o ajudou a ser eleito prefeito de Natal”, disse Robinson, em entrevista a 96 FM. “Porque em 2012, os dois partidos que sustentaram e apoiaram Carlos Eduardo foram justamente o meu partido, o PSD, que foi o primeiro partido a declarar apoio a ele, inclusive sendo o partido que deu o maior tempo de TV a sua campanha, e, depois, o apoio muito decisivo, no segundo turno, que foi da deputada federal Fátima Bezerra e do PT a Carlos Eduardo, para consagrar a vitoria dele. Então, seria uma questão de coerência”, disse Robinson.
VICE
Abordado sobre a sugestão do deputado estadual José Dias (PSD), que ontem defendeu o nome do deputado estadual Agnelo Alves (PDT) como vice na chapa de Robinson, o pré-candidato do PSD afirmou que Agnelo como companheiro de chapa “coroaria essa aliança de três partidos da base de Dilma”. “O deputado José Dias é um deputado bastante experiência, líder do nosso partido, com sete mandatos, inclusive com ligações familiares com o deputado Agnelo. O desenho que está sendo feito nessas reuniões é com o PSD indicando Robinson para o governo, o PT indicando a deputada Fátima para o Senado, e José Dias conclui o que seria natural, em minha opinião, que seria a presença do PDT nesta chapa, caso venha a ser concretizada”, disse o pessedista.
Robinson disse que não chegou a conversar com Agnelo sobre a possibilidade, mas que o próprio José Dias andou conversando com o parente. “José Dias andou cochichando com ele, mas não sei se abordaram este assunto”, disse Robinson.
PMDB
Robinson teve o cuidado de não expor qualquer pressão a Carlos Eduardo, a quem considera um amigo de 40 anos. No entanto, refutou os argumentos que seriam favoráveis a uma aliança do pedetista com o PMDB, os quais apontam para uma “retribuição” ao apoio do PMDB à gestão municipal. “Ele registra e é muito importante o apoio do deputado federal Henrique Alves, que na sua condição privilegiada de ocupar um cargo nacional de presidente da Câmara dos Deputados ajuda o estado e Natal. No entanto, Henrique ajudou a gestão de Micarla quando era prefeita, ajudou a gestão de Iberê, que era seu adversário, ajudou a gestão de Wilma que era sua adversária e hoje ajuda a gestão de Carlos. Entretanto, acho que a vertente mais lógica da retribuição, da reciprocidade, da coerência, é você retribuir aqueles que no momento do embate, no momento da luta, estavam lá para eleger e lhe dar a vitória. Que foi o caso do PT e do PSD. Não estou aqui tentando deixar o prefeito de Natal numa situação de constrangimento. Até porque ele é uma pessoa que tem um sentimento de justiça. Confio na sua serenidade, e hoje não descarto que ele poderá estar conosco, com o PT e o PSD caso seja concretizada essa chapa de Robinson governador e Fátima senadora”. (AV)
do JH
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