Prefeitura de São Gonçalo perde quase R$ 190 mil que era para investir na agricultura familiar

O prefeito gasta R$ 740 mil para construir um museu, mas não mete a mão no bolso para fazer uma Central de Produção de Polpa de Frutas e beneficiar a agricultura familiar do município

Em 2010, segundo ano da gestão de Jaime Calado (PR), a prefeitura de São Gonçalo do Amarante elaborou um projeto para Implantação de uma Central de Produção de Polpa de Frutas para beneficiar a agricultura familiar do município.

O projeto foi aceito pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário que destinou, naquele mesmo ano, aproximadamente R$ 190 mil para a obra. A contrapartida da prefeitura seria de R$ 20 mil, quantia ínfima para um município que é a quarta economia do RN. Em 2012 a verba foi devolvida para o governo federal.

Segundo justificou a administração pública de São Gonçalo, o recurso era insuficiente para a execução do convênio.

O interessante é que o prefeito também tentou obter verba federal para construir um museu. O governo Federal negou. O que Jaime fez? Construiu com recursos próprios.

A obra custou aos cofres públicos R$ 740 mil. Mas, paradoxalmente,  a prefeitura, mesmo com os R$ 187.943,40 depositados na conta pelo governo federal, preferiu devolver a verba destinada à construção da Central de Produção de Polpa de Frutas a ter que investir, com dinheiro próprio, o valor necessário para que a obra fosse executada.

Entre as estranhas prioridades da prefeitura também consta a reforma e ampliação do gabinete civil que está em obras há quatro meses e custou, até agora, quase R$ 300 mil. Recentemente um termo aditivo ampliou o prazo e o valor da obra que agora tem estimativa se ser concluída em junho deste ano.  O valor das despesas extras não foi divulgado .

A prova de que os agricultores não recebem a atenção necessária da prefeitura de São Gonçalo é que a maioria deles aguarda há meses o benefício do corte de terras para poder plantar.

Em Guanduba, por exemplo, RN, os produtores rurais dizem que este ano cada um deles poderá ter um prejuízo financeiro que pode ultrapassar os R$ 26 mil, já que a Prefeitura não apareceu para fazer o corte das áreas de terra para o plantio de grãos e sementes para todos os agricultores.

Sem esperança de mudanças e dias melhores as famílias são obrigadas a conviver com promessas políticas e a falta de compromisso dos gestores públicos.
do falarn
Comprovação de devolução do dinheiro (FalaRN)

Nenhum comentário:

Postar um comentário