Brasileiros iniciam na Suécia qualificação para trabalhar no projeto dos caças Gripen

O casal de engenheiros Viviam e Marcelo Takase acaba de chegar a Linköping, cidade localizada a cerca de 180 quilômetros de Estocolmo. Moravam em São José dos Campos, São Paulo, e trabalham na Embraer em áreas que estarão envolvidas a partir de agora no desenvolvimento do projeto FX-2.

Assim como eles, outros engenheiros brasileiros se mudaram para Linköping para dar início ao treinamento e qualificação nas dependências da Saab, a companhia sueca que vai transferir tecnologia e informações acerca da produção e operação dos caças Gripen vendidos ao governo brasileiro.

A mudança para uma nova cidade, em um país distante de casa, com os dois filhos pequenos (o mais velho tem sete anos e o caçula tem um ano e dois meses) não assusta o casal, que se conheceu durante o curso de pós-graduação e já está junto há 12 anos.

“Trabalho no projeto há algum tempo e não tinha ideia de que pudesse vir pra cá, mas acabou sendo natural vir passar por este treinamento”, diz Marcelo, que é engenheiro mecânico e especialista em energia e fluidos.

Marcelo e Viviam vão passar um ano na Suécia. A ideia é terminar a etapa de treinamento e retornar ao Brasil para disseminar o conhecimento. “Para nós é uma oportunidade muito grande. Aqui vamos aprender o método deles, de trabalho em equipe, e vamos nos tornar referências técnicas na nossa área”, diz Viviam.

Eles já estão instalados em moradias providenciadas pela Embraer e as crianças já estão matriculadas em escolas suecas. “É uma experiência única, para nós e para as crianças, viver em um país novo e conhecer outra cultura”, afirma Viviam.

As atividades na Saab só devem iniciar na próxima semana, mas eles aproveitaram para conhecer um pouco da cidade, conhecer as escolas que os filhos vão estudar e se aproximar um pouco mais dos outros colegas. “Vamos formar uma colônia de brasileiros aqui. Criamos grupos de conversas e aos poucos vamos nos aproximando para não deixar o Brasil sair de nós”, brinca Viviam.

Na avaliação de Marcelo, o aprendizado será útil para ampliar também as oportunidades profissionais no Brasil. “Quando voltarmos e começarmos a implementar as ações, quando a fábrica no Brasil começar a funcionar, tenho certeza que muitos profissionais terão oferta de empregos e oportunidades de qualificação. Isso é muito importante para nós e para o país. Como brasileiro, acho que isso é muito importante, pois vamos dar um salto de qualidade na nossa tecnologia e nas oportunidades”, frisa Marcelo.

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