ALCKMIN SOBE O TOM E AMEAÇA APOIAR NOME ANTI-AÉCIO NA CÂMARA

Embalado pela eleição em primeiro turno de seu afilhado político, João Doria, Gelraldo Alckmin, governador de São Paulo, está disposto a endurecer as negociações com o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e seu concorrente direto pela indicação tucana para a disputa presidencial em 2018; Alckmin quer apoio de Aécio para garantir uma projeção partidária maior em nível nacional; aliados do governador paulista afirmam que ele estaria disposto até a apoiar um nome contrário a Aécio nas eleições para a presidência da Câmara em fevereiro do ano que vem, em uma atitude que dividiria o partido

247 - A disputa entre os tucanos para ver quem será o candidato à Presidência em 2018 já está à todo vapor. Embalado pela eleição em primeiro turno de seu afilhado político, João Doria, Gelraldo Alckmin, governador de São Paulo, está disposto a endurecer as negociações com o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e seu concorrente direto pela indicação, para garantir uma projeção partidária maior em nível nacional. Para aumentar a pressão, o grupo de aliados do paulista promete usar a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro de 2017.
Segundo reportagem de Daniele Lima na Folha de S.Paulo, se Aécio Neves não fizer um gesto que sinalize abrir mais espaço para Alckmin no comando da sigla, aliados do governador, tanto no PSDB como em partidos aliados, poderão dar suporte a uma candidatura alternativa à dos tucanos para presidir a Câmara, levando a um racha na sigla. 
"Aécio apadrinha dois nomes para a sucessão do hoje presidente dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ): Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA).
Segundo aliados, Alckmin aceitaria endossar esses nomes, se houvesse, em troca, uma sinalização clara de que seu grupo poderá, em maio, assumir o comando do PSDB.
O grupo do governador trabalha com um calendário estratégico: em dezembro será eleito o novo líder do PSDB na Câmara, em fevereiro de 2017, haverá disputa pela presidência da Casa e, em maio, convenção partidária para a escolha do novo comandante do partido.
"Acho que o pessoal vai sentar para conversar. Há um tabuleiro e é preciso ver como equalizar, buscando exatamente não dividir nada", pregou o deputado Silvio Torres (PSDB-SP), aliado de Alckmin.
Caso não haja acordo, aliados do governador em São Paulo lembram, por exemplo, que entre os cotados para a presidência da Câmara está o do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI)."

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