Carlos Eduardo amarga outubro vermelho nas contas da Prefeitura de Natal

Reeleito com 63,42% dos votos válidos, o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) enfrenta uma crise financeira sem precedentes e uma frustração de receitas de R$ 95 milhões nas contas do município até o momento.

Para combater as dificuldades nas finanças, o chefe do executivo municipal anunciou nesta semana o corte de “regalias e privilégios”. Ele concedeu entrevista ao programa do jornalista Diógenes Dantas, na TV Tropical, neste domingo (30).

Segundo Carlos Eduardo, os cortes atingem programas como o Programa de Incentivo a Educação Universitária (Proeduc) e os descontos que são praticados em algumas taxas de impostos, como na taxa do lixo, por exemplo.

“No caso do Proeduc, o programa é de competência do governo federal. Até então a gente conseguia as bolsas e em contrapartida dávamos isenção de impostos as universidades e faculdades, no entanto, diante dessas dificuldades financeiras, precisamos cortar”, explica Alves.

Em relação à taxa do lixo, o prefeito revelou que há muito tempo é dado um desconto histórico, que não será mais viável para a prefeitura. “Essa taxa do lixo está pagando apenas 30% da coleta”, lamenta.

Com medidas como essas, Carlos Eduardo afirma que o município pretende economizar cerca de R$ 150 milhões em 2017, que, por coincidência, é o mesmo valor da frustração de receita estimada nas contas do município até o fim do ano.

Folha dos servidores

Com todo esse cenário de crise e frustração de receita, a maior dificuldade do prefeito está sendo cumprir com o pagamento dos servidores municipais. De acordo com Carlos Eduardo Alves, até o mês de julho a prefeitura tinha conseguido pagar os salários de um mês dentro do quinto dia útil do mês seguinte, no entanto, em agosto os vencimentos só foram quitados no oitavo dia útil, enquanto isso, os salários do mês passado só deverão ser concluída até este domingo.

Ainda de acordo com o chefe do executivo municipal, os meses de outubro, novembro e dezembro são - historicamente, os piores para administração de receita do município. Diante disso, Carlos Eduardo se preocupa com o pagamento da folha daqui pra frente e revela que pretende fracionar esses pagamentos.

"Agora em outubro, que é um dos piores meses em termos de receita, nós efetuaremos a folha de setembro até o dia 30. Já no mês de novembro pretendemos pagar de uma forma geral, mas pagar em três vezes. 30% na primeira dezena, mais 30% na segunda e 40% na terceira dezena do mês", conclui Alves.
do nominuto.com

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