MARCELO AULER: NÃO É HORA DE PAGAR PRA VER

Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
"A prisão de Lula, algo impensável alguns meses atrás, está parecendo cada vez mais iminente de acontecer, dada a fúria/ódio que os operadores da Lava Jato já não se preocupam em esconder", diz o jornalista Marcelo Auler, em seu blog; "Podemos, em nome de uma prisão meramente política – uma vez que não se tem notícia de que Lula tente fugir do país, pressione testemunha ou que esteja em um crime continuado -, imaginar possíveis reações dos movimentos sociais", alerta Auler

Por Marcelo Auler, em seu blog
A prisão de Lula, algo impensável alguns meses atrás, está parecendo cada vez mais iminente de acontecer, dada a fúria/ódio que os operadores da Lava Jato já não se preocupam em esconder. Na sexta-feira (14/10), Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania, anunciou que a operação que irá prendê-lo já está desenhada e até repassada aos jornalistas de confiança da “República de Curitiba”. Está tudo descrito em Golpistas farão prisão teatral de Lula a qualquer momento. Vale ler.
Convém lembrar que as fontes de Guimarães, em fevereiro passado, anunciaram que Lula seria um dos alvos da 24ª fase da Operação Lava Jato. O anúncio ocorreu na sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016 na matéria Confira prova de que Lava Jato e mídia formam uma polícia política.
A operação desencadeou-se uma semana depois, na sexta-feira, 4 de março. Mais do que a quebra do sigilo fiscal e bancário de toda a família do ex-presidente e os mandados de busca e apreensão na casa deles e no Instituto Lula, com ela veio embutido um mandado de condução coercitiva para que a Polícia Federal levasse o ex-presidente de qualquer jeito. Não para uma delegacia qualquer, nem para a mais próxima de sua casa, em São Bernardo. Foi para a do aeroporto de Congonhas. Tudo com ampla cobertura da imprensa, comunicada com antecedência.
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Podemos, em nome de uma prisão meramente política – uma vez que não se tem notícia de que Lula tente fugir do país, pressione testemunha ou que esteja em um crime continuado -, imaginar possíveis reações dos movimentos sociais. Percebe-se que há um clima pesado e que os próprios aliados de Moro e de seus pupilos na “República de Curitiba” começam a levantar dúvidas sobre seu modo de agir.
Temos o exemplo do “Fora Temer”, que o presidente que ocupa o cargo graças a um golpe chegou a anunciar que era um manifestação de 40 pessoas, no máximo. Estamos vendo que não. O país está dividido, todos sabem. O combate à corrupção deve ser realmente feito. Isso não se discute.Só não pode ser seletivo. Tampouco se transformar em perseguição política a esta ou aquela sigla, como há muito parece acontecer. Mais ainda, as autoridades devem, acima de tudo, respeito às leis e à Constituição. Não é hora de pagar para ver!

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