AÉCIO E PSDB AGORA VÃO CATIMBAR AÇÃO NO TSE

Depois de tomar o poder por meio do golpe parlamentar de 2016, dividindo o comando do Estado com o PMDB, o PSDB não quer mais a cassação da chapa Dilma-Temer; como já sabem que o relator Hermann Benjamin irá propor a cassação de Temer, os tucanos, que propuseram a ação pensando em derrubar Dilma, agora apresentarão recursos para evitar que Temer também caia; "Quanto mais o julgamento for retardado, mais chance Temer tem de terminar o mandato. Não faz sentido cassar um presidente em 2018", diz dirigente tucano ouvido pela revista Época; objetivo é inviabilizar politicamente uma decisão que tire Temer do poder, para que o PSDB tente colher, desta vez nas urnas, os frutos da ascensão ao Palácio do Planalto

247 - Depois de tomar o poder por meio do golpe parlamentar de 2016, dividindo o comando do Estado com o PMDB, o PSDB não quer mais a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Como mostra reportagem da revista Época deste fim de semana, ainda em novembro do ano passado, advogados do partido comandado por Aécio Neves, que perdeu as eleições presidenciais de 2014, entraram com pedido para que o TSE ouvisse suspeitos de três gráficas suspeitas de terem recebido pagamentos irregulares da chapa Dilma-Temer. Apenas para adiar o julgamento da ação. 

Tanto a cúpula do PSDB quanto o próprio Michel Temer e o PMDB estão convictos de que o relator do processo, ministro Herman Benjamin, deverá pedir a cassação da chapa, rejeitando o argumento de divisão das contas da candidata a presidente da do vice. "Tucanos e auxiliares do presidente passaram a atuar para empurrar o julgamento até às vésperas de uma nova eleição, em outubro de 2018, com o objetivo de inviabilizar politicamente uma decisão que tire Temer do poder", diz a reportagem. 

"Quanto mais o julgamento for retardado, mais chance Temer tem de terminar o mandato. Não faz sentido cassar um presidente em 2018", diz uma fonte tucana ouvida pela revista da família Marinho. 

Além da catimba do PSDB, o próprio governo Temer, que tem no presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, um aliado confesso, também age para retardar ao máximo uma decisão pela cassação do mandato. As manobras incluem mudança na composição da suprema Corte eleitoral, com a indicação de ministros contrários à cassação, e, caso haja decisão pela cassação do mandato, a interposição de uma série de recursos no TSE, e depois no STF, que fariam com que um resultado final só saísse em meados de 2018. 

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