Presidente do Flamengo visita vítima de ataque que chamou a polícia

Patrícia Amorim visitou o menino Alan, 13, torcedor do Flamengo. Mesmo baleado com três tiros ele correu e chamou a polícia

Anderson Ramos, especial para o iG | 09/04/2011 
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Foto: Anderson Ramos
Presidente do Flamengo visita menino torcedor do clube que chamou a polícia durante o ataque de atirador à escola Tasso da Silveira
O pequeno Alan Mendes Ferreira da Silva, de 13 anos, uma das vítimas do atirador que invadiu a escola Tasso da Silveira, recebeu uma visita inesperada na noite deste sábado (9), no hospital onde está internado. Fã de futebol e torcedor do Clube de Regatas do Flamengo, foi prestigiado com a visita da presidente do clube, Patrícia Amorim.
O encontro ocorreu no HCPM (Hospital Central da Polícia Militar), onde Alan está internado, no bairro do Estácio, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, em recuperação após ser atingido por três tiros.
Patrícia chegou por volta das 18h e logo subiu para o CTI. “Vim ver como você está. É uma alegria muito grande estar aqui, em especial em saber que você faz parte da Nação”, disse a Alan, que abriu um grande sorriso.
A presidente foi convidada pelo cirurgião que operou Alan, o médico Jorge Manaia. “O convite que na verdade é uma convocação. Estava louca para conhecer esse campeão, sei da sua vitoria pela vida”, afirmou Patrícia ao iG.
Durante o ataque, Alan conseguiu sair da escola
e, mesmo baleado no rosto, no ombro e na mão, correu cerca de 150 metros e avisou aos policiais militares que estavam em uma blitz sobre a ação de Wellington Oliveira.
O sargento Márcio Alexandre Alves, então, seguiu com uma viatura até a escola e entrou na unidade de ensino com outros dois policiais. Wellington foi baleado com um tiro no abdômen pelo sargento e se matou depois.
O estudante, que cursa a sétima série do Ensino Fundamental, contou como esses instantes transcorreram. “Tudo foi muito rápido, ele entrou atirando. Não senti dor na hora, somente uma queimação muito grande. Saí correndo na direção da minha casa quando vi um carro da polícia ”, relembrou. Ao encontrar a polícia afirmou que disse “Moço, moço, tem um cara atirando em geral na minha escola”, e foi socorrido.
A mãe de Alan, Aline da Silva, de 33 anos, ficou surpresa com o controle do filho. “Ele foi muito frio, pois estava sangrando muito e ainda queria acompanhar o policial no colégio”.
Alan também tem um irmão, Eduardo, e um primo, Andrey, que estudam no mesmo colégio, mas que não foram feridos. Os dois foram também foram visitar Alan no hospital. “O professor fechou a porta com auxílio de cadeiras e mesas. Ele tentou entrar na nossa sala, mais estava como ela estava fechada foi para sala do lado. Lembro de chorar muito”, disse Andrey.
Todos foram presenteados com camisas, bonés, réguas e canetas do Flamengo. Alan também ganhou uma blusa com o seu nome bordado e o número 10.
Durante a conversa com a presidente do Flamengo, ele palpitou sobre o placar do jogo de amanhã, entre Flamengo e Botafogo: “ 4 x 0”. Patrícia sorriu, e disse: “Que isso rapaz? Um clássico desse e você quer 4 x 0? Mas se for esse placar eu venho aqui amanhã depois do jogo”, brincou.
Patrícia afirmou que amanhã o time do Flamengo fará um minuto de silêncio antes do início da partida, além de entrar em campo com uma faixa preta. Alan não tem previsão de alta, mas seu estado é considerado estável.
DO IG

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